O FUNERAL
Paulo Cecílio
Em tiro certeiro abatida,
dorme a ave colhida em pleno vôo.
seu corpinho balança suave entre mangas maduras e ventanias.
coberta em véu de prata graciosa lua se estende pelo terreiro,
alumiando o silencio da madrugada até a bica do munjolo.
ranzinhas no contrabaixo suave musicam a cena.
o assassino dorme.
andorinha tem cobertas suas plumas pelo veludo branco
da neblina delicada que cimenta e junta tudo, num acolhimento que Queóps não imagina:
à sua volta, musica do brejo, vestes de ouro, prata dos céus, vigília do cão velho,
ninar das folhas, afago do vento.
volta pra casa, andorinha...
O CÍRCULO
Paulo Cecílio
HOJE ELE VAI DIZER DEVIR
HOJE ELE VAI DIZER lua
HOJE ELE VAI DIZER PORVIR
HOJE ELE VAI DIZER LUA
SE NÃO DISSER DELEUZE,
DIRÁ GUATARRI...
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