A VOZ DO SILÊNCIO
Jorge Bichuetti
Quantas vozes gritam, sussurrando dores;
escuto e no meio do nada... não enxergo
as mãos do socorrro nem vejo no abismo
aves que mergulhem e retirem a vida dos
campos da agonia, para que o sol renasça
esplendoroso... anunciando o fim do mal
que se enredou inclemente na pele da vida...
No céu, estrelas espiam indignadas e a lua
olha pra Deus e espera... espera um sinal e,
assim, passam-se os anos, o tempo volátil
sincroniza o caos... lágrimas gotejam no vão
do deserto e o infinito contorce indignado:
- no chão, jovens acampam entre pedras,
e brotam no asfalto - flores da esperança...
A imensidão sorri e nu'a sinfonia matinal,
anuncia que o porvir chegou alegre criança...
ESTA LÁGRIMA
Jorge Bichuetti
Esta lagrima que cai, sangrando,
nasceu do meu próprio coração:
tresloucado nas próprias dores e
exaurido no perambular diário,
ressecou diante do deserto que
só queria um pouco de água e
um cadinho de ternura e amor...
Agora, o deserto chora o oásis
sonhado nas trapaças da ilusão;
eu, lamurio, agonizante, a morte
da relva, piso da m'ia rua, a pele
que acetinava o meu caminho e
coloria de esperança m'ias manhãs...
SÓ NA RUA...
Jorge Bichuetti
Flores brotam no caminho,
pássaros voam no vazio e
vida andrajosa tropeça só
na rua...reina a solidão...
Os sonhos das estrelas no
céu bailam a valsa triste e
lenta... no chão, a lágrima
cai no largo da escuridão...
terça-feira, 9 de agosto de 2011
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