Jorge Bichuetti
Gira no tempo a folha
escrita nas entrelinhas
do vento, nuvens vão...
Dança o pólem da flor
germinando novos sonhos
no tempo, íris solar...
No chão, brota estrelas
cadentes e valsa o amor,
suave e doce, a paz
não cristaliza a existência:
recria a vida, floradas
do devir, um só amar...
DOÇURA REBELDE
Jorge Bichuetti
Troveja no espaço
clamores
de justiça;
o mel da colméia
no chão
atiça o formigueiro...
Famintos esfarrapados
rebelam-se
no terreiro;
e a mesa farta
oculta
as migalhas... o medo.
O trigo é corpo
umidecido
na candura
do fogo que assa
a ceia... e a festança;
porém, se a fome
cativa
indignação: a vida
rebela-se
no temporal... uma nova
revolução.
PAZ PASSARINHEIRA
Jorge Bichuetti
A paz voa e pousa
no coração da vida...
Ela é germinação e
um canto de alforria...DO CAOS
Jorge Bichuetti
A palavra não ecoa,
nem desvela o verbo;
o caos é circulação,
noite e dia, a vida
reinventado-se no
caminho pela alegria...
A dor é o estacato
da procriação e a
negação do amor
que floresce na rua...
A vida não é fértil
nos descaminhos
da incolor escuridão...
Ela é brilho no céu,
é cantiga da multidão...
2 comentários:
Jorge, teus poemas foi minha última leitura para o dia de hoje, aqui é quase meia-noite, bate cansaço e soninho nos olhos, boa noite meu amigo, abraços com ternura, doces sonhos, Concha
concha; a lua é u'a companheira instável... horas longas; horas breves... embora a ame, ela tem de mim se distanciado; se reclamo... me chama de cansado: dura realidade; durmo com ela acesa e levanto com ela se despedidindo... abraços. jorge
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