sexta-feira, 12 de agosto de 2011

POESIA: VOZES INSURGENTES NO BAILAR DA IMENSIDÃO

                              ESTRELA CADENTE
                                                Jorge Bichuetti

Espio o céu e o miro com ternura;
nele, toda grandeza da vida altiva
que rodopia no baile da imensidão...

No chão, o formigueiro humano é
inquietude; longe dos voos de paz
das estrelas bailarinas que valsam
no escuro da noite, suave oração.

Entre o meu olhar e o infinito, cai
uma estrela reluzente... ela desce
cantante, como se buscasse aqui
na relva dos caminhos agrestes o
amor do nosso humano coração.

Na estrela cadente, o infinito beija
o chão do mundo, na terna paixão
que floresce no alvorecer onírico
dos que sonham nos ventos que
no hoje já ativam um novo amanhã.


                         AS ESTRELAS DO CHÃO
                                                      Jorge Bichuetti

Belas no céu; as pensava, distante:
tinha nas estrelas o retrato de Deus...

Nos caminhos da vida, as vi, muitas vezes,
andarilhas reluzentes na poeira do mundo e
as senti no coração generoso dos guerreiros do chão...


                                O BRILHO DE UMA LÁGRIMA
                                                                           Jorge Bichuetti

Numa lágrima há u'a multidão
de espinhos e sonhos, amores...

Há nu'a lágrima a vida negada,
sonhada entre a fé e o perdão...

Numa lágrima corre os rios e
descansa os mares, é um cais.

Há nu'a lágrima gritos de dor
e a suave espera, uma lasca 
de esperança que brilha, ora
entre as flores do devir, porvir.


                                         CAOS CRIATIVO
                                                     Jorge Bichuetti

Borboleteia na vida, uma nova canção:
do caos, nasce o novo, florescência e 
vida numa magia cósmica de amor por
caminhos que reinventam a compaixão.

O universo poetiza feitiços e milongas
onde florescem os lírios nos pântanos
e uma luz terna se inscreve na escuridão...


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