Com saudade, eu aqui estou... Não que o blog Utopia Ativa seja um vício; mas é que ele me dá amigos e voos, me recorda meus valores e me aproxima da minha gente, meus amores...
No quintal, há festa... minha volta parece que foi acolhido pela mãe natureza... Eu bem sei que é o meu coração que está alegre, cheio de coragem e esperança... Assim, consigo sentir a vida... A vida é travessa e rebelde, insurgente e inovadora...
Os passarinhos cantam... Os álamos bailam, revelando-me que não impossível "tomar o céu de assalto"...
O verde e as rosas no singelo poético da beleza comum me ensinam os en-cantos de u'a vida de simplicidade...
Entre a admiração e a alegria, concluo que muito pode a ternura...
Vejo minha vida, a vida da humanidade... me inquieto. Me ocorre que somos duros, repetitivos, cheios de nos e bloqueios... Indaga, silencioso: por que nos custa tanto mudar?...
Miro a imensidão e nela, a vida metamorfoseante...
Muitas vezes, não nos suportamos. Estamos cansados do que somos...
Outras vezes, sentimos saudade... saudade do que ainda não ousamos ser e viver...
Cheio de angústias, permanecemos evitando o novo, mesmo quando já notamos, no mundo e em nós, a falência do velho modo de ser e estar...
O mundo e a vida clama por mudanças...
O nosso coração, idem... desejo novos caminhos, novos sonhos... um novo horizonte.
Ousar buscar, semear e cultivar uma vida de alegria pede ousadia, espírito guerreiro... desapego.
Somos conservadores no medo e no apego... Tememos, inclusive, não saber viver sem nossas tristezas e limitações...
Falta-nos a audácia aventureira... O nomadismo que encanta pela novidade... pela experimentação do inédito...
Desistimos de voar, afirmando que nossos pés moram na poeira ilusória do chão ressecado.
Tecer asas... Sonhar... é apaixonar-se pela aurora... desapegando-se das lágrimas que pesam, impedindo-nos de voar...
Voar, borboletear... é ir pelo caminho, aberto e livre, dando-se às inovações que nos possibilitarão tecer, na estrada, a leveza e a suavidade, um novo existir...
Reinventar uma vida não é prodígio miraculoso; é caminho da própria vida que fenece se estagnada...
Onde enxergamos problemas e obstáculos, existem chamados da vida que pulsa e brilha no sonho de se ver, reinventada.
O apego é o medo de não sobreviver, longe do ninho...
O desapego e o reconhecimento de que o nosso próprio coração é um aconchegante cálido ninho...
Quem escuta seu próprio coração não teme o novo... Voa, e pousa... Navega, e se ancora no cais...
Nosso coração é ninho e cais da vida reinventado que se revigora com novas alegrias, novos sentidos...
Não temamos as inovações; para a vida e para o mundo, a maior dor é a falta de sentido... Superemos a vida cinzenta e o nosso coração cantará o canto de esperança e paz que dá cor e viço à aurora...
4 comentários:
Jorge, sentir saudade é viver o mesmo momento lindo duas vezes...
E asim vamos caminhando...entre flores e pedras...e uma alegria imensa em estar aqui...
Beijos...com ternura...Mila.
Ocorre-se-me uma frase: 'Utopia Ativa: vício sao' para ti e para todos e todas rs Me encanto com este quintal de amigos, de afetos, de sonhos partilhados, és como o vizinho que tem galinhas e me oferece ovos e aguardente, sinto assim de física a tua presença, a das tuas rosas, a lua que te visita, a Luinha, também me preocupo com essa rigidez humana frente a tanta metamorfose harmoniosa no universo... Os que somos metamorfose temos sempre a sensação de estarmos sempre começando, isso dá certa vertigem, não dá? Façamos isso que tu dizes: escutemos nosso próprio coração, deixemos ele voar e ser cais tb... Adorei esta reflexão filosófica, é espelho no que me vejo bem, feliz de me achar no reflexo das tuas palavras, das tuas analises... Abraços com carinho e admiração... Beijos, Concha
Mila, meu carinho na saudade que te faz presente. abs ternos, jorge
Concha: um quintal floridas de rosas , poesias e canções... e o seu carinho o eneternece... dá vida, viço e vigor. Obrigado pelo carinho, ternamente, jorge.
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