NO BAÚ
Jorge Bichuetti
Entre agulhas e panos velhos, guardei
nossas lembranças envelhecidas...
Olhando-as, no distante das horas, já nãosei
o que fazem elas ali...
Empoeiradas, gastas... as vejo e nem noto
as minhas doídas lágrimas...
Sei que ali as pus, pensando no amor;
mas, os ratos roeram a saudade...
E, agora, dói nos ver... e saber
que o muito que amamos não pode
num milagre do acaso ser...
contemplado... o tempo passou,
e a nossa última carta,
encontra-se ruída e apagada...
SÓ UM SONHO
Jorge Bichuetti
Uma valsa: eu nos teus braços...
Olhavámos o infinito, e o luar
prateava nossa pele... nada era dito;
mas, a música era toda saudade...
Feliz, sorri... mas, tanta foi a alegria,
que acordei... como se solidão, ali do meu lado,
gritasse... de dor ou talvez, a dor
haja sido os ardores calosos da realidade...
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
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