NA JANELA
Jorge Bichuetti
na janela, os relógios
não são precisos, claros e objetivos;
ali, o tempo segue sob outros compassos...
Da janela, a vida é movimento,
bailado que, ora voa com o vento;
ora, para e fixa-se, prende o fôlego,
pois, eterniza no átrio esquerdo
como se nosso coração fosse a ante-sala
da capela azul que, entre estrelas, mistura-se com
as constrições fervorosas do próprio infinito...
ALI, FIQUEI...
Jorge Bichuetti
Muitos se foram;
outros empoeirados voltaram
ao ventre de lama da relva maternal...
Ali, fiquei:
estátua enamorada
que brota entre pedras,
revendo nas manhãs o sol,
brilho que novamente vejo
no lusco-fusco do entardecer...
Ali, fiquei, vendo-te;
sem nem saber, se não passaate
ou se sou eu que a eternizo
na ternura profano do sonho
de êxtase e vida que enlouquecido sonhei...
terça-feira, 22 de maio de 2012
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