sexta-feira, 22 de abril de 2011

22 DE ABRIL: DIA DA TERRA...

MÃE TERRA: A QUEREMOS VERDE, FLORIDA, CHEIA DE FLORES, SONHOS E BICHOS... POVOS, TRIBOS... AR. FECUNDIDADE, VIDA NUM PERENE CIO...

AMEMOS O PLANETA,
CUIDANDO...
LUTANDO POR ELE... JÁ NÃO É POSSÍVEL SILENCIAR...

TERRA,
AMANHÃ DIGA O QUE ESPERA?... O FIM? CATÁSTROFES?... VENDAVAIS DA IRA DO TEMPO?...
LUTEMOS. PROCUREMOS DAR VIDA A VIDA E VIVER LEGANDO AOO FUTURO O BELO E A BELEZA QUE ENCONTRAMOS NA TERRA...


                              TERRA
                                    Jorge Bichuetti

Queria saber brotar versos
como brotam as flores no chão;
queria cantar com o vento
e viajar livre no azul infinito,
olhando teus verdes campos...
queria deter com minha mãos
o machado a tóxica fumaça
que te fere o coração...
Oh!mãe... sou menino
e um menino querendo sonhar,
não sei se posso dter as forças
que nascem do mal... a mão
que corta as matas... e a mão
que assassina a vida no trono
onde codificam teu verde livre,
teus riachos límpidos tuas
vidas florescentes, nascentes
do nosso próprio porvir...

Mãe, não me jugue um covarde,
esta lágrima que cai por ti, não é
acomodação: ajoelhado, eu oro,
pedindo aos deuses do infinito,
que te proteja do homem e nos
guarde no verde, verde esperança,
longe da apocalipítica destruição...

5 comentários:

Lillian disse...

Assisti a algum tempo atrás, um vídeo no youtube, chamado Save the Planet, de George Carlin, o qual expõe, com uso de ironia e humor negro, argumentos para não preocuparmos com preservação ambiental. Confesso que parte dos argumentos dele me intrigou e a outra parte considerei um 'forçar a barra' para não envolvermos com a questão.
Enfim, compartilho algumas reflexões contra e a favor da preservação ambiental que surgiram a partir do vídeo. Mas comunico que sou leiga e peço que me auxiliem a clarear minha ignorância:

[continua]

Lillian disse...

CONTRA
- Em um momento de forte capitalismo, a questão ambiental sofre influencias do mesmo. Está na moda ter uma atitude ecologicamente correta e fica comum ver empresas usarem de ‘estratégias’ mal elaboradas, ou sem compromisso para se promoverem e venderem mais. Sem falar que muitos produtos ecologicamente corretos são mais caros que os comuns. Catar lixo para limpeza, separar e reciclar é coisa para muita gente com baixa renda. Ter o ambiente limpo e utilizar os produtos provenientes da reciclagem é coisa para que pode pagar por eles, que tem renda superior (desde que sejam produtos já testados pela classe mais desfavorecida). Até que ponto o discurso sobre a preservação não é um ‘lobo’ sob a vestimenta de um ‘cordeiro’? E até que ponto temos conhecimento suficiente para avaliar o impacto de cada atitude dita como ecologicamente incorreta e temos conhecimento para propor outra estratégia melhor?
- 'Salvar’ me parece uma palavra de presunção e que nasce de um pensamento negativo, o de que estou em perigo e preciso ser salvo. Salvar a si, à humanidade, ao próximo já é tarefa suficientemente embaraçosa para nós. Imagina salvar o planeta?! O planeta existe a muitos anos antes de nós e realiza seu movimento de destruição, preservação e reconstrução com ou sem a nossa existência. Não creio que o problema seja a extinção da natureza, ela não me parece extinguível. Talvez o problema seja a extinção humana, que é uma parte da natureza. Por reconhecermos nosso intelecto mais evoluído do que o de outras espécies, julgamos que não fazemos parte da natureza. Assim como passamos pelo momento de surgimento, não vamos passar pelo momento de extinção? Assim como todas as partes da natureza?
- Chego às farmácias, às prateleiras de supermercados e lá está escrito: produto 100% natural. Creio que seja porque eles julgam não ter química sintética. Mas o que isso quer dizer é que não faz mal ao consumidor, que sou eu. Os produtos sinteticamente elaborados em laboratórios fazem mal e os naturais não? Definitivamente não me parece simples assim o julgo. Mas temos ferramentas para avaliar o que é natural (da natureza) e o que não é? Se isso faz mal/bem? Ou até percentualmente um valor de benefícios ou malefícios para produtos e para estratégias de preservação da natureza?
- A preservação do meio ambiente implica em reduzir consumo e acumulação de capital, interfere na produção de tecnologias, de eletrônicos, automóveis, dentre muitos outros utensílios facilitaristas que nos trazem muitos benefícios. Alguns julgam ‘andar para tras’ e eu completo para avançar mais. Mas até que ponto seria o melhor? O que é mesmo melhor?

[continua]

Lillian disse...

A FAVOR
- Estamos com uma leva de questões relacionadas a hábitos de vida que interferem na qualidade de vida da humanidade. Propostas feitas para preservação ambiental é um fator que tem afetado consideravelmente a qualidade de vida, que visam: beleza, assepsia, diversão, bem-estar, economia, longevidade, educação, valores humanos, sociabilidade, etc.
- A relação com algo maior e explicitamente fora do controle, me parece ter despertado em nós uma relação mista de medo e respeito. Por um lado, sobressaiu o medo da natureza, do seu potencial de destruição. Tentamos usurpar dela todo o possível para não ficarmos sem. acumular, antes que acabe com velocidade e velocidade. Mostrar o Deus que somos para, nesse duelo, amedrontá-la e dominá-la. Assim pensamos estar não só fora dela, mas contra ela. O movimento que vem sendo criado para preservação da natureza, me parece ser algo que propõe uma trégua, uma paz e harmonia para o duelo criado em nossas fantasias. Serve a nós mesmos, mas que de alguma forma, me traz suavidade e aconchego e também um certo alívio para consciência. Ao mesmo tempo, me parece resgatar o sentimento de respeito que anda com pouco ibope. Uma releitura de do respeito que percebemos em histórias contadas sobre índios, populações antigas, pessoas que estão em contato maior com coisas da terra. Me agrada o exercício de potencializar os valores que chamamos humanos.
- Não estamos satisfeitos com o que chamamos de desenvolvimento, com o império da perfeição e velocidade. Construir novas propostas para hábitos de vida que visem a qualidade e não só a quantidade, e até reavaliar o que entendemos como qualidade, reconheço como promotor de saúde, de amadurecimento, de desenvolvimento. Um novo conceito de desenvolvimento, de evolução, que parece estar engatinhando, mas que cresce e ganha forças, ganha contribuições cada vez mais ricas.
- Toda discussão sobre ecologia, provoca e ampara uma aproximação com uma essência humana que é a de ser um da natureza também. Promove auto-conhecimento, a conquista de equilíbrio e paz consigo. Energia, atitude e sentimento conseqüente dessa aproximação reflete para o todo e também baixa as guardas para recebermos do todo essa mesma energia, atitude e sentimento. A independência dos exageros que cometemos e somos acometidos. Ainda que a visão seja egoísta, pensando apenas na espécie humana, o pensamento sobre a espécie humana traz conseqüência para todas as outras, e talvez, por agora, seja o possível de se fazer.
- Há um movimento que se opõe ao consumismo, à velocidade desenfreada dos desejos, das inquietações, das faltas. Isso cria limites e liberdades ao mesmo tempo, pois equilibram as discussões, as ações. Isso também creio ser rico para nossa vivencia no mundo.

[continua]

Lillian disse...

Finalizando, eu me posiciono como uma pessoa que se indaga sempre sobre atitudes, buscando agir de maneira ecologicamente correta. Não creio que devamos deixar de lado os esforços no sentido de preservação porque temos dificuldades, ou porque podemos sofrer também a extinção. Creio que buscar qualidade não advém do saber do amanhã, mas advém do viver o presente com perspectivas para o amanhã.
Portanto, que busquemos uma com a preservação da natureza, transcender a isso, aproximando com respeito, amor e humildade do todo que pulsa na natureza de cada um.
Muita natureza para todos!
Beijos!

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Lilian, confesso que não tenho maiores conhecimentos,porém, sei que o modo como se desenvolve, o capitalismo vem lesando a natureza e gerando tamanho desiquilíbrio que hoje a vida anda sempre numa corda bamba, em risco. Desmata, corta as matas ciliares, polui, intoxica o planeta com fortes elementos tóxicos... Cuidar, proteger, lutar... nos reinventa e nos subjetiva melhores... Abraços com carinho; Jorge