ARTIFICIALISMO
Vivaldo Bernardes de Almeida
Artificial, a flor
solitária e imponente,
quer mostrar a toda gente
que também inspira amor.
No seu caule incolor
não há seiva corrente,
seu aspecto é permanente,
suas pétalas sem odor.
Desconhece que o seu ser,
não profindo da natura,
não pôde o dom receber
de germinar e crescer,
ter o tempo de candura
e, finalmente, morrer.
TROVA
Vivaldo Bernades de Almeida
Eu vou apagar o Sol,
prender a noite no bar;
srei boêmio de escol.
com chope, viola e luar.
sexta-feira, 29 de abril de 2011
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2 comentários:
Fosse cruel seria bom. Mas é mau esse poema.
Se vai morrer, a flor nasceu. Se nasceu, brilhou.
Poetar é arteficiar.
Arteficialis = feito com arte.
Quanto à solidão, resta perguntar: o que não é?
O resto... É um barulho danado dentro da gente.
Gracias Jorge por eu poder ser intempestiva e escrever aqui o que me vem, o que vejo, o que sinto. E vem, e vejo e sinto muito.
b
abraço
Marta
Marta, a vida nnos mostra sempre que é multiplicidades; ambos falam de um parecido desejo: viver, intensificar-se... Ele chora o que choramos quando so mos seduzidos e descobrimos que a flor era de papel. não reciclável, papel ilustrado na vida evitada.
Com imenso carinho e saudade;
Jorge
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