A lei é o ordenamento do estado; a legitimidade é a voz da vida na poética libertária que pulsa, pensa e brilha nos caminhos da ética do Bem Comum.
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Se Deus, existe, é Pai; e, assim, é inclusão, nunca um decreto de orfandade.
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O desmatamento é um processo autofágico: o mundo cresce para a morte e e para o nada.
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A rosa e a lua são territórios do amor: perfume que não se aprisiona e clarão nas noites escuras...
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O passarinho canta esperando a noite e canta dela se despedindo, já numa saudação ao dia que renasce. Canta, assim, sempre... Talvez, haja inventado a alegria de cantar por cantar...
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Na sarjeta, o lixo é a sobra; um homem, uma falta: desumanidade, abandono, exclusão...
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As folhas secas ensinam: voando, descobrem novas terras; estagnadas, correm o risco de serem varridas - destino incerto, barco sem leme...
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A vida não se restringe aos limites delineados pelo racionalismo; ela flui, escapa e fugitiva se intensifica no sonho, na poesia, na arte, no delírio e na magia... Onde pulsa nômade e metamorfoseante - mudança, acontecimento, devir... Espaços de resistência, insurgência e da revolução.
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Sexo é alegria, performance e êxtase. Retrai no cinza da rotina da sobriedade sisuda.
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O amor é a inundação fertilizante das águas da paixão que adubando floresce jardim, primavera, ternura cúmplice de afetividade transparente - doçura e partilha no perfume dos encantos vitais.
2 comentários:
Admira-me tua capacidade de resistir, de não sucumbir, de não te deixares abater... sim, meu amigo, em tudo há ensinança se a sabermos receber, e tu sabes... grata deste abraço de amizade, adorei estas paisagens para a alma que em forma de aforismos plantaste. Abraços.
Concha, armamos sonhos como quem sabe que está construindo umfuzil: metralhamos versos e eles rodopiam e semeiam sonhos de liberdade.
Abraços cúmplices e cheios de carinho; Jorge
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