O vento acaricia as folhas da árvore, ritmando um harmonioso bailado. Carícia e movimento, dança... A vida na força da suavidade; a infinita leveza das paixões atemporais...
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O vendaval é a paixão constrangida pelas barreiras da instantaneidade dos segundos...
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Nuvens, andarilhas... Romaria, peregrinação. Ecumenismo transcendental da imensidão. Nomadismo no ar... Passagem, movimento: a vida ora e se move sem fronteiras, sem correntes: livre, passarinheira. Universo de todos versus a terra de ninguém ou a terra de alguns...
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Os passarinhos e seus ninhos são maestros da liberdade nômade... Não fenecem de exaustão no ar por um permanente voar; eles são livres mas não negam o acolhimento territorializante das verdejantes árvores: liberdade - mar, amplidão com porto seguro...
A armadilha da liberdade é voar sem chão de pouso; voar, pousando numa areia movediça - buraco negro.
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Caminhar, sonhando é voar na imensidão, mirando o horizonte da utopia.
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Amar, sonhando é bailar com os corpos articulados pela ternura e pela paixão, musicalidade e movimento da vida, bailado sideral na transversal do tempo.
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Areia movediça é buraco negro, fronteira, fissura... Inscrição de morte dada pela incapacidade de florescer no limite...
Florescer no limite - desafio: o grande salto a ser conquista.
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Amor e sexo são florescerências singulares que resistem ao reducionismo uniformizante do moralismo - estigma, chaga, camisa-de-força...
Poste sem lâmpadas, noite sem luar...
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Entre o rio e o mar, um perambular serpenteando e driblando as pedras do caminho...
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Amor é vínculo: a estrela-cadente faísca velozmente, mas não ilumina... Pura fugacidade líquida...
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A servidão da humanidade só se perpetua pela retirada das potências do devir: amor e paixão, sonho e arte, poesia e magia, o brincar e o espírito guerreiro...
Eis a função da ciência: silenciar as forças da revolução.
EDUCAÇÃO EM MOVIMENTO NUMA CAMINHADA PELA LIBERTAÇÃO...
6 comentários:
'Poste sem lâmpadas, noite sem luar...'
Paisagem para a alma, lindo demais... abraços, Concha
Concha: o exercício dos aforismas, que aforismas já reinventados pela poesia que substitui o sarcasmo e o irônico, tem sido um exercício de aprender a pensar, criar pensamentos que percutam a vida e a acorde vida guerreira... Abraços com carinho, Jorge
Cada vez que te leio assim, como aqui nest post, eu amo mais a ti, Deleuze e Guattari. Nossa vida tudo pode, basta reinventá-la no amor, na solidariedade, numa aurora que desperta esperanças de um mundo melhor.Hoje e semmpre.
TÂNIA, SINTO QUE SÃO CAMINHOS QUE NOS REINVENTAM, E FLORESCEM ENTRE PEDRAS. AENCE O DESALENTO E A ARIDEZ DESTENOSSO TEMPO DE PÓS-MODERNIDADE:
VIDA ALEGRE E COM HORIZONTES DE AMPLIDÃO E PAZ.
BEIJOS ,JORGE
Jorge querido, ao ler este teu post...minha alma inundou-se de alegria e vida e cá estou encantada!Obrigada pela partilha...Abraços, com carinho...
Mila, que possamos seguir partilhando os sonhos e a alegria de cre na vida libertária e solidária.
Abraços com ternura, Jorge
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