Lua Cheia... Quintal prateado de sonhos... Verde e rosa... Vida singela. Uma nova suavidade...Ali, acordei, respirei, ninei a Luinha que pensou , já mal acostumada com o orvalho da madrugada que era festa. Um minuto olhando para a altivez guerreira dos álamos e pensando... Voltamos para a rua...
O mundo árabe se rebelou e saiu nas avenidas , gritando por liberdade...
A Palestina ousou, novamente, saiu e reivindicou seu direito a um chão...
E 18 de maio: voltamos pra rua: por uma sociedade sem manicómios; por uma nova suavidade...
A rua é minha casa... Ali, falam os meus sonhos. Ali, reina a utopia...
" Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós..."
"E que a voz da igualdade seja sempre a nossa voz..."
Caminhamos muito... e no caminho, aprendemos...
De nossa amiga Dona Aparecida, para alguns que se escondem nos compêndio da discriminação uma esquizofrênica crônica, numa assembleia, lugar de cidadania, aprendemos: " A loucura é o vazio da solidão de quem ama."
A loucura é singularidade onde o amor não se encontra capturado pelas artimanhas do egoísmo que o faz narcisista e simbiótico, edípico e competitivo, triangular... uma eterna falta, um permanente desencontro.
Amamos, asfixiando; amamos, oprimindo... Amamos , desejando complementariedade e espelho...
Amor é encontro, encontro entre singularidades que tecem na ternura um vínculo e na sensualidade uma alegria... O resto é liquidez e espetáculo: simulações amorosas longe da loucura da paixão.
Vivemos longe da poesia e da magia do amor. Afinal, somos normais... Normais: racionais, mercantis, pragmáticos... Medrosos, com medo de amar e se dar... Calculistas, contidos: não permitimos a explosão vitalizante do amor e da paixão.
Somos normais: robôs pós-modernos de cibernéticas conexões e choro escondido na intimidade do travesseiro...
Ninguém é feliz sem a ousadia da paixão, ninguém nasce para a vida longe dos encantamentos do amor...
O vazio da solidão de quem ama é loucura... Loucura amorosa. Como dizia Pichón-Riviere, "una locura bella"...
O vazio da solidão de quem tem medo de amar é loucura; que Pichón nomeou de "locura de mierda".
Dizia Lineu Miziara: "a normalidade é a mediocridade institucionalizada." Vida cinzenta.
Necessitamos de ousar e amar...
Urge que mergulhemos na magia da paixão...
Já não é possível sorrir e sonhar sem o grande encontro que haverá de revolucionar o caminho e o mundo: deixemos a poesia e a vida se abraçarem, se amarem, procriarem um novo mundo possível...
Eis onde mora a doce e suave esperança...
Eis por onde germina e floresce a valente e guerreira utopia...
O resto é silêncio...
6 comentários:
Acordar com suas letras me faz acreditar que é possível sonhar...
Bjs amigo e bom dia!
Sumaia
Sumaia, é possível sonhar e partilhamos na caminhada nossos sonhos vamos construindo uma nova vida e um novo mundo... Abraços com ternura, num dia de luz, paz e alegria. Jorge
Sim Jorge, sonhar é possível...contudo, porque será que amar dói tannnnto?
Beijos...com carinho e a tua ternura...
Mila, querida, acho que o amor nos coloca em cheque; numa encruzilhada, amamos e nem sempre conseguimos amar compartilha, cumplicidade e doação. Omundo and alheio aos amores, cheio de ilusões.
Abraços com carinho, Jorge
O amor é o amar louco de um poeta que
que suspira na loucura lasciva de um beijo ousado e profano.
Tânia, sua poesia está no seu pensar, sentir, respirar e viver: corpo-poesia-bailarina nos voos libertárioos da paixão-revolução;
Abraços e beijos no seu coração. Jorge
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