FLECHA PERDIDA
Jorge Bichuetti
Uma flecha vinda do Panteão Celestial,
erma e sem direção, caiu no meu quintal...
Menino travesso, quis, logo, brincar e
lançando-a ao acaso, flechei meu coração...
Agora, febril e delirante, já não brinco...
Fico entre as roseiras, escravo das paixões:
amo com loucura, amores de perdição;
pois, nunca acerto o alvo, a flecha me encantou,
fazendo-me ávido de toda e qualquer paixão...
SOLITÁRIA INDECISÃO
Jorge Bichuetti
Quis o olhar de Maria;
de Sofia, os doces lábios...
Os seios de Flora me encantou;
já de lucília eu quis os pés...
Querendo tanto, e todas,
passei a vida na janela...
Agora, cego, nem sei
onde anda os encantos
das moças que via tão belas...
Só vejo um lindo anjo,
cujo encanto é u'a flor
e u'a enigmática vela...
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
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