ALI, VI...
Jorge Bichuetti
Havia mar nos olhos amigos;
u'a estrela esculpida nos estertores do tempo...
Eu, no meio das águas morenas, me vi
frágil e guerreiro... palavra e silêncio;
o amor girava nas folhas que seguiam
no destino do vento... as aves num canto
resignadas e resistentes... como se a vida fosse
tão-somente o aconchego do abraço
no etéreo espaço do sonho entre a flor e o ungüento.
Saudades!!! do luar no mar, voos do sonho
na ilusão de renascer na correnteza do rio
que insolente dava-se ao mar e o recebia
num movimento amoroso de vida terna... vida
que seca nossas lágrimas no agreste caminho de ir
vagando no barco das sementes, brotos de um novo amanhã...
Ali, vi o meu corpo crispado de dores e tosse,
porém, leve na suavidade diáfana de um bela utopia...
SAUDADE
Jorge Bichuetti
Saudade... de ser... de voar...
Saudade de mim... lembrança
da minha pele no sol; toda esperança
era feita de bolhas de sabão e pipas...
Na corrida do tempo, eu me venci;
cheguei tão de depressa...
que de mim mesmo
com extrema loucura me perdi...
Tudo já foi ar e vento, brisa e temporais:
hoje, a foto perdida no álbum da memória
é a flor que seca... guarda minha lágrima,
misturando um oceano de saudade com
meu coração sufogado no acalando de um gemido...
segunda-feira, 2 de abril de 2012
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