TEU NOME É ROSA?
o nome foi esquecido:
não faz diferença neste endereço
habito uma rua estranha
numa casa rosa sentado na calçada
enganei-me:
entre a virtualidade e a indiferença ,
do jasmim o frasco se partiu
a rosa é de plástico:
exercito minha paixão
na cidadela dos espíritos
esquecidos entre paredes caiadas
criando sonhando tanto
o tempo todo que a dor amolece
como um dente de leite se vai suave na infancia
descansar
quem sabe o silencio possa dizer
o que não se ouviu do ganido agudo
no frio de abril, no inverno seco,
glaciações rasgam-me as entranhas
com unhas duras de gelo afiado navalha na terra
acho que sinto voce
ainda que mudo deflagrado
esquecido ao leito desta rua vermelha
o relógio se moveu:
cometeremos suicídios
cometeremos suicídios
novamente na aurora cortante
sentiremos repulsa no pulso da veia
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