sexta-feira, 27 de abril de 2012

SOCIEDADE DE AMIGOS: A POESIA ESTELAR DE PAULO CECÍLIO


TRISTE
 
 
sou de mim mesmo  
uma lenda sem nome  
pois que porto algum me viu um dia

 
amanheço  
ainda com o sabor  
das estrelas de abril  
até que meu deserto entre

todo dia faço um sonho
 
que é colhido ainda moço 
como um pessegueiro decepado,
 
 
com suas flores meninas... 

 
sou de mim mesmo  
uma lenda sem nome  
pois que porto algum me viu um dia 

navegando suave brisa 
tecendo palavras que choram  
em minha embarcação eterna... 

o aperto da mão tristeza  
sufoca o ar dos mares vazios  
profundos das lágrimas minhas

sopro minhas velas brancas  
pra velejar veloz mais que o tempo  
pois que senão pereço, se ouço o som que sai 

 
dos meus olhos de menino... 
faço-me rustico grosseiro  
avilto meu próprios sonhos  
porque destino, a gente faz um pouquinho
 
 
 o resto ele faz da gente...
 
 
 

2 comentários:

paulo cecilio disse...

que ilustrações lindas...

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Paulo, a belçeza da vida nu mirada de ternura; abs, jorge