Jorge Bichuetti
As pedras do rio não enlouquecem de medo, rolam;
viajam na correnteza, param aqui e acolá, porém,
um dia beijam as conchas e as flores que vicejam
sonhadoras no vai-e-vem da inquietude terna do mar...
Meu medo é medo humano, feito de covardia e fé:
me assusta a aridez do caminho,
me intimida o véu que cobre as curvas longas do rio.
e numa total alienação na tirania tenho fé...
não percebendo que mais pode o vento rebelado
que tudo joga no chão... para que a vida possa ser no caos vida parida,
como nascem as flores das podas que germinam o círculo da primavera...
AUDÁCIA
Jorge Bichuetti
Um furacão na pele;
asas no coração...
a coragem vê longe:
enxerga no fim do túnel
o voo da liberdade
nos braços da compaixão...
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