NINAR DE PAI
( ao meu querido fiho Diogo)
Paulo Cecílio
quatro da matina,
valsa a valsa divina o pai com seu bebê.
vai girando ritmado
com seu passos seus compassos,
sussurras palavras de outras línguas,
que não se perderão nunca.
valsa, pai,
o que agora tens nós pés
é gingado dos pais de santo,
dos deuses todos os castos,
monges budistas padres rabinos,
tambores oboés berimbaus angolanos.
encarnas sonoros órgãos,
cantas nas harpas dos deuses
que gemem madrudando o desterro dos anjos .
ao teu nenê, és um piano:
valoroso corcel tenso,
cavalgando com teu filho as estrelas de netuno.
valsa pai teu tenso bolero generoso,
com cheiro de cachaça velha curada na insônia da vida:
é assim que valsam os anjos quando guardam os teus filhos...
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