Acordo e o frio, que antes somente era um terno aconchego da vida, corrói o meu corpo... Estagnado, preso... não vejo... não vejo o luar que parte e o sol chegando como um cavalo alado com sua tocha de luz... Nada vejo. Mas, um cacho de rosas brancas no meio do bailado dos álamos me vê... Minha pele sente a ternura do seu olhar... Ergo-me e reverente abraço a vida... A vida é força insurgente, rebelde, indignada... Andarilha, busca novos passos... Almeja ser e estar na ciranda de sonhos e poesias que dão magia e beleza ao horizonte azul...
As rosas me miram com carinho... e como se estivesse no colo materno me ponho a pensar nas minhas próprias necessidades...
Todos queremos um milagre... o êxtase... o voo cósmico...
Eu quero...
Mas, não quero ouro nem prata...
Nem mesmo um caminho sem lutas e lágrimas... quero a vida...
Por issso, quero a vida liberta e de libertação...
Ouço, assim, pedir com a humildades das rogativas dos pobres desvalidas que negociam sua sobrevivência nas esquinas da humanidade... porém, também, com a altivez dos que foram pelo poder atropelados para que ninguém ouvissem a ousadia de seus sonhos...
Quero a Comissão da Verdade... Caminhar é ato de coragem e dignidade... Um país não segue preso nas amarras do remorso... Quero, sim: Verdade, compromisso, justiça...
Quero o Veta, Dilma... O Código Florestal aprovado pelo Congresso Nacional é espúrio, nefasto e autodestrutivo... Nega o verdejar das matas e a pot~encia alvissareira das nossa germinativas águas cristalinas...
Quero a provação do Pl 122/06 que criminaliza a homofobia, quero o fim da impunidade... Quero nossas mulheres e crinças protegidas da violência fascista... Não suporta mais a repressão... e a encontro toda vez que nossa juventude ousa dizer sua palavra, suas reivindicações...
Quero a extinção da corrupção e do trabalho escravo, do bullyng e dos microfascismos que inibem a vida nos seus voos singulares de procriação de vida nova...
Quero inclusão social e solidariedade, compaixão e justiça... direitos humanos e direito à diferença...
Quero o socialismo libertário... a participação popular e o controle social da gestão do destino e da vida de todas coletividades...
Quero arte - poesia do infinito que grava no ético e no estético a força disruptiva e inovadora da esperança...
Para mim, quero um canto de vida que ensine a sonhar acordado...
Vivemos... Caminhamos...
Contudo, nossa vida é vida suprimida... na exploração, dominação e mistificação que nos acomoda e cala... é vida negada no pragmatismo que nos transformou em homens cinzentos, niilismo fatalista e paralisante, vãs buracratas das migalhas que repartidas, ocultam que não existe dignidade longe da humanidade rebelada enquanto não se concretizar no cio da terra a vida de abundãncia, alegria e suavidade...
dia 12/05/2012- encontro mensal da universidade popular Juvenal Arduini
2 comentários:
Dr. Jorge,espero que estejas bem, junto da sua princesa com florzinhas e brilhos...LUA!!
Na madrugada desta quinta feira, o sofrimento visitou meu coração, de forma atroz. Meu Deus...Quanta dor,quantas lágrimas!
O dia foi cinzento. Só queria o Silêncio... Dormir... Acordar... e não permitir que este sofrimento seja definitivo. Minha alma nunca se despediu dos inícios.
Tenho certeza que compreende minha ausência na Clínica. Não tive força física para chegar até aí...
Beijinhos na Lua.
Abraço-lhe com muito carinho e respeito.
Depois de um tempo, digo-lhe: Sou Eu, viu!!!!
De Cora Coralina: "mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir”.
E por aqui, já decidimos...pelo afastamento!
OBS.: meu PC tomou jeito. Ele não queria mais aceitar o navegador da net. Ficou raivoso, bloqueado, até ganhar um novo navegador. Portanto...voltando para o Blog. Ufa!!!! Quanto tempo.
Amiga de alma orvalhada nas flores silvestres do cerrado, lhe abraço com a reverência de quem celebra a amizade na grandeza do seu coração de Lua, uma Lua no céu dos sonhos azuis...
Sempre estaremos no caminho, de mãos dadas, buscando o azul do infinito. araços ternos, jorge
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