Paulo Cecílio
Seus olhos têm a cor do ventre
que jorra anjos rebeldes
e arcanjos insubordinados.
Seus olhos são negros
como um corcel selvagem
cinzas como o mar agitado
e doces cor de mel .
Seus olhos têm a cor
dos desertos insípidos
em que lanças miragens, oásis,
cores do arco-íris,
mas também a cor da sombra
que descansa o andarilho
em sua jornada única....
Seus olhos são os olhos de Cervantes
quando lanças no mundo
cavaleiros de vento.
Olhos de Beethoven
compondo cantiga de ninar.
São a cor da esperança
de todas as sementes do mundo
na terra fértil.
Mãe desconhecida, nunca te vi ,
mas cruzo com vc todos os dias
nas calçadas,nas praças, no silêncio...
Sinto o cheiro dos seus olhos
no perfume da dama-da-noite
na suavidade do beija flor
nas estrelas, nas tempestades..
Nunca te vi, mãe desconhecida
mas sei que seus olhos
tem a cor do sonhos
que nos mandam
aos mais distantes portos do mundo...
E ficam com a cor da saudade,
cor de mão estendida,.
cor de coração partido,
cor de olhos vendados!
2 comentários:
Quanta belezura Paulo,nos olhos da Mãe Desconhecida!!!
De uma sensibilidade...ternura...mistério...
Fraterno abraço.
Maria Alice
Um abração, Dr. Jorge. Beijinhos na Linda Lua!
A boniteza da poesia com os olhinhos ternos da luinha na opoesia de paulo,abs ternos, jorge
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