terça-feira, 5 de abril de 2011

SOCIEDADE DE AMIGOS: DA POESIA À INDIGNAÇÃO, DA MAGIA À LIBERTAÇÃO...

                    Vida de poeta 
                                                Felipe Nunes Rezende
A alma daquele que dá vida aos versos esta dilacerada, e despedaçada é que se monta a peça. Retalhos e trechos espalhados; cacos colados se tornam obras de arte.
Sempre atrás de respostas intermináveis...
Sempre recheado de interrogações sem fim...
Sempre insatisfeito e de braços dados com a loucura...
Aflição encantadora; desfocado objeto nítido.
Caminhando sereno, brando e elétrico; arrogância meiga, superioridade fortemente pura, humilde.
Aquele que canta por dentro, rasgando os órgãos transborda paixão obsessiva no ato, e nos altos e baixos, caminha pelo meio.

 O NETO
                   Paulo Cecílio

AREI.

AVOAREI.


                INDIGNAÇÃO
                  Paulo André Lacerda Alves
 
Quando eu vou dormir à noite
tento esconder a dor;
debaixo de meu travesseiro macio
moram os monstros da injustiça e horror...



Como posso comer, sentado à mesa;
se da sola dos pés infantis,
uma moeda vale o sangue que escorre
em meio ao carvão
que doura a sua carne burguesa...

Toda essa pompa e riqueza,
misturada ao pó e a bebida,
sorriso falso e fétido
 consome qualquer resquício
de humanismo
do nosso intelecto maldito

As suas putas pobres
guardam do seu gozo medíocre
a dor da violência, do esquecimento
da solidão, exiladas e caricatas!...

Como pode tamanha falsidade
de um povo perfumado e vestido
que deixam ignorantes em sua iniqüidade
a dor, a fome, a humilhação e a maldade?...

Como você consegue?
Viver do sangue de seu irmão,
do seu pai da sua filha...
Como você consegue
viver do sangue daquele que morre na esquina?

Não tem rima, porque não há beleza
na pobreza, na falsidade,
na grandeza de sua ironia
que guarda as sobras de um dia
e alivia a sua consciência,
enganando pobre na periferia...

                      
            NESTE MUNDO, EU...
                                        Vladimir Tércio

Queria ter conexão
com o mundo,
mas este mundo
não me dá
possibilidades de conexão...
Luto, busco
formas de compreensão;
no final, só vejo
formas de desilusão...
Capitalismo como forma 
de vida,
vida sem sentido
sem grandes conexões...
Viajo no pensamento
como forma
de ilusão;
na busca de uma vida ativa,
com grandes construções,
ato, desato e torno
a tecer formas, jeitos
de compreender
sem o capitalismo
envolver...

na simplicidade de um mestre,,
outro mundo conheci...
devires
como forma
de construção,
uma vida
com mais
dedicação...

Lutei, busquei e agora encontrei....
Na forma simples
de uma vida recriada
possibilidades
de grandes conexões...


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