quarta-feira, 13 de abril de 2011

SOCIEDADE DE AMIGOS: A POESIA VISCERAL DOS DEVIRES DA PAIXÃO...

                                            Súbito Encontro 

                                                             Josiane Souza

Entraste...sem que eu pudesse notar
E corrompeste a ausência de teu sexo.
Passaste por mim como ventania...
Não lhe convidei!
Esperaste por mim como as nuvens aguardam pela manhã, o brilho do sol.
Perambulaste junto à minha sombra,
Demarcando com tuas formas o preâmbulo por nós devorado.
Olhaste para os meus olhos e quizeste cegar-te.
Ouviste minha voz e desejou ouvir teu próprio grito...de medo.
Encontraste com minha pele na aquiescência de levantar meu véu,
E se entregaste a nós como a chuva se entrega à enxurrada, 
Que escorre de si mesma!
 Na Pele

                                                                  Josiane Souza

Minha epiderme é minha história escrita em poros abertos,
com a introdução de diferentes tamanhos e espessuras de pêlos,
cada sinal, mancha e estria é uma página...
cada fissura, cicatriz e ruga é um capítulo...
E o sangue, este meu leitor incansável,
Já sabe que a conclusão me é feita de puro ossos.
Poema Prisioneiro 

                                                   Josiane Souza

Avisto-lhe murcho alimentando-se dos meus sonhos
por detrás das grades do pensamento.
Inquieto, sambanga de lá para cá,
procurando, talvez, uma fresta nessa mente de cimento.
Não cometes-te crime algum.
Foste preso simplesmente por serdes poesia,
e pagas com teus versos de inocência
pela aturdez insípida de minha hipocrisia.
Se deixei minha tristeza lhe condenar,
a noite mensageira veio lhe dizer:
As estrelas estão em coro no céu,
e cantam advogando por você!!!


DO BLOGjosianeorlando.blogspot.com          

2 comentários:

Josiane Souza disse...

"Fazer poesia é tentar rimar os sonhos com os versos da vida!"

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Josie, é isso.... sonhose vida se misturam na melodia da arte e já se afetam criando vida nova e novos sonhos... Abraços com ternura, Jorge