FÉ DE MENINO
Jorge Bichuetti
Quando pequeno, colhia
no chão as flores do quintal
e as levava, ruminando, febril,
minhas avoentas Marias...
Ajoelhado, a santa era pedaço
do céu do infinito do mundo
sem fim sem lágrimas sem adeuses...
Hoje, as flores do meu quintal
oram por mim, rosários perfumados
na candura singela da fé do menino...
Do menino, que ainda hoje ama as Aves
e as Marias;
e procura no céu de maio
o azul límpido e ofuscante
que lhe revele numa prece silenciosa
onde moram a ternura e a inocência,
estrelas da ingênua fé
grandezas do mundo menino.
MAIO, ESPERANÇA QUE NÃO MORRE
Jorge Bichuetti
Bandeiras na praça, corpos eufóricos,
o povo pensado no suor do trabalhador,
uma procissão de insurgente esperança,
e a vida gritando seus sonhos, sua utopia,
na liberdade que nascia no primeiro dia de maio...
Maio, esperança que não morre;
ali, a lágrima do povo cantava, triunfante,
um novo tempo que nos redemoinhos do vento
ainda há de vir...
AMORES NO AZUL DO INFINTO
Jorge Bichuetti
Amores esquecidos no cipoal do tempo
que voltam refletidos no azul e no vento
dos frios dias de maio quando o corpo
só sente e ressente o que pode a paixão
nas travessuras do amor que aquece e
alucina a nossa alma, esta criança carente...
quarta-feira, 4 de maio de 2011
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10 comentários:
Bom dia meu querido!
O dia começou cedo...
Hoje é aniversário do Clovis!
Obrigada pela poesia que vou utilizar em seu café da manha, para homenageá-lo
Ate
Sumaia
Jorge, poeta, entrei a conhecer teu maio, tuas flores marias e tua fé... me encantei com o transcorrer deste capitulo, passando em versos de um Jorge para o outro para seguir sempre no mesmo, que nos dias de maio, aqui em meu lado do planeta os mais longos de todo ano, se contempla e se doa, prazer de textos, estes teus, abraço de flores neste teu quintal da Utopia, Concha.
qUERIDA sUMAIA, FICO FELIZ QUE ESTEJA NESTA ALEGRIA DE BUSCAR VIDA E CARINHO; AFIRMANDO-SE POETICAMENTE; HOJE, AINDA VEREI MAIS POUCO DAS SUAS POSTAGENS.
aBRAÇOS COM CARINHO, E UM DIA DE PAZ, ACONCHEGO E AMOR. jORGE
Concha, ontem vi no teu blog, que vives numa montanha.... Eu aqui tenho um pequeno quintale o diário eu o escrevo sem tema, inicialmente; vejo, sintoe vou desendo uma afetação.
Minha vida sempre a quero povoada de natureza e amigos, porisso lhe agradeço o carinho, co desejos de um dia iluminado de paz, alegria e ventos da liberdade.
Carinhosamente, Jorge
...essa montanha que me dá nome, a Rousia, é uma montanha da infância na Raia com Portugal, agora moro perto de Compostela, numa pequena aldeia e num quintal... onde escrevo, também como tu, sem tema, mas povoando-me de natureza, amigos, no facebook (não sei se paras por esse lugar) tenho um álbum chamado 'O meu quintal' e o Recanto das Letras, onde ainda posto alguma cousa... tenho os meus poetas do quintal... Me sigo maravilhando com tua capacidade de contar, narrar, florescer em palavras (será por ser Maio rs) Abraços de carinho tb para ti, meu amigo, Concha.
Concha, querida amiga, somos parecidos: o maio me emociona pelo céu azul e por lembranças perdidas que a memória nem mesmo as desenha...
Agora, com minha nova atitude de escrever com os poetas da natureza venho sentindo que cada dia tem um encanto singular; observando-a os vemos.
Abraços com imensa ternura. Jorge
Ps. o face eu ainda não uso, penso começar a usar daqui uns tempos, quando o trabalho da universidade popular estiver mais estruturado. abraços.
As flores de maio são noivas das estrelas; as noites de maio são pérolas ao chão; os amores de maio, são doces seduções; as mães de maio, são guerreiras de lenços brancos; a vida de maio é surpresa sempre inacabada e abençoada utopia. Bj.
Tânia , que belo poetizar... maio, mês esquecido com seu céu azul, límpido, e cheio de esperança... Mariano? Mágico. Cheio de ternura; Abraços com carinho, jorge
Jorge, eu simplesmente amo o mês de maio...por suas lindas paisagens e também por ter nascido nele!Tudo o que se refere a esta época do ano me encanta...e com teus versos tão repletos de sentimentos, ora de menino...ora de homem, minha alegria...não fora diferente.
Abraços poéticos.
Mila, maio é o mes do céu azul, das rosas perfumadas, dos cantos singelos e da vida correndo nas travessuras dos meninos que brincam os porões das velhas casas.
Abraços com carinho. Jorge
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