Jorge Bichuetti
Asserenar-se voar
magicamente voar
evitando ser fagocitado
pelas ruminações da neblina...
No ar, reinventar-se
na ternura u'a vida
existênciade bravura
nas faíscas neón de u'a estrela...
Assim, ser e viver
na mansuetude do ninho
onde nascem os passarinhos
que no amanhã celebrarão o sol nascente
eteriamente
na eterna primavera
que virá
antes do último adeus...
A INSENSATEZ PROFANA
Jorge Bichuetti
Etéreos visionários
vagam nas nebulosas celestiais,
onde estão manuscritos
o porvir da humanidade...
Lá não existe
o impossível o indomável
o fatalismo negativista
do mundo de neurônios concretos
aço metal tendões esfinges
cadáveres robôticos seminais
da cuelíssima vileza
da tirania, escuridão fascista,
e do povo servil, dulcificada apatia.
PROSAICAS BORBOLETAS
Jorge Bichuetti
No cotidiano o cinza da vida
asfixia e robotiza a existência;
é a morte. Contra ela, prosaicas borboletas
versam colorindo de alegria a epopéia humana...
Assim, borboletas e poesias
fazem a revolução;
a explosão da ternura
excomunga as sombras da morte
e a vida baila na imensidão...
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