O pânico é a explosão da angústia num ataque corporal; e um clamor do corpo para que se possa na vida ousar um surto, um salto... um além mar... um além do horizonte...
O vazio existencial no qual a finitude suga as cores, os cheiros , as pulsações , os sonhos, a vida... é a raiz nuclear do pânico.
Ele antecipa na visceralidade da dor física e mental a morte.
Há uma infinitude possível no aqui-e-agora dos nossos dias...
Podemos nos eternizar...
No carinho inesquecível com que acalentamos o desespero do outro e o acolhemos nos caminhos da esperança...
Na roseira que semeamos e que perfumando as noites de luar , estará para além de nós, no coração e na sensualidade dos amantes...
No ato solidário com que reerguemos os caídos e na caminhada com a ética da partilha,nos ramificamos e, então, brilhamos nas eternidades das tribos e multidões...
Uma poesia, uma canção...
Um sorriso, um abraço...
Expansões eternizantes da vida,
A finitude se vê perdida na imensidão do amor e da ternura que nos desconstrói egos restritos e ossificados e nos reinventa na eternidade da alegria e da liberdade, da justiça e das paixões que semeadas eternizam na perenidade da vida que se recria sempre e sempre vida remoçada.
Vida de rizoma, linhas e fluxos, multiplicidades...
Arte e artimanha...
Um estar ara sempre na intensidade desejante do esplendor do brilho de um minuto...
Toda vez que adoecemos na falácia da extensão é porque estávamos fugindo da vida de intensidade...
Toda vez que somos capturados na vulnerabilidade do nosso ego é que nos isolamos e perdemos a potência intensiva da vida de coletividade.
Toda vez que queremos um para sempre... é porque não estamos vivendo com paixão, intensidade e alegria o instante presente...
Gente é feita pra brilhar: afirma Maialovsky... Para brilhar; não para vencer, fazer sucesso, ser respeitada pelos súditos da medíocre normalidade, não para os flashes vazios e fugazes das ilusões... Brilhar na potência de se encantar e encantar com o vivido, com o experenciado, com nossa inventivas produções...
O brilho de um segundo perdura uma eternidade...
Os tronos caem...
Para superar o pânico, superemos nós mesmos, com espírito dionísico, buscando os bons encontros e as paixões alegres...
Ai, a vida brilha e a morte aquieta-se...
manifestação na praça de Santiago de Compostela: luta do povo espanhol, Galiza
21/05/2011 - foto de Concha Rousia
LIBERDADE, JUSTIÇA, VIDA NOVA... AURORA PARA TODOS
SOLIDARIEDADE À LUTA DO POVO ESPANHOL E A GALIZA
3 comentários:
Dr. apague o primeiro texto porque contem erros gráficos. Grata. O texto sem muitos erros é este.
Santificado seja o vosso nome "o povo". Dr. Jorge sempre lhe sou muito grata por sua força e admiro suas palavras cada vez que as leio. Nós temos um passado cruel no Brasil. Ditadura militar, banimentos, torturas, desaparecimentos de pessoas ligadas ao jornalismo e na política. O que a Revolução de 1930 trouxe para o Brasil de bom , claro que nada, golpe de Estado comandado por Getúlio, usando alegações das mais evasiva apenas para ilustrar seu PODER anti-comunista. É isso, o poder tem várias faces. Quando se quer ver a cara do Brasil, basta lutar por algo e então veremos mobilidades injustas que culminam sempre em quebra-quebra e vandalismos de revoltas por parte do povo brasileiro. Mas não lutamos o que deveríamos e a conscientização ainda está longe de ser uma revolução iminente por aqui, haja vista o preço da gasolina, uma discrepância que se comparada a Argentina, por exemplo, caímos a cara de tanta vergonha. Não penso que a marcha tenha sido algo que eu aprovaria também. Mas violências sempre foram a marca incisiva de quaisquer que sejam as passeatas, com exceção daquela pela PAZ, mas sempre o resultado deixa de ser pizza para ser BOMBA, desta vez a democracia urgiu através de bombas químicas em forma de gás. Não creio que seja uma passeatas legal, tudo contra a lei gera violência. Então deveríamos decidir isso na constituição por mais que os aumentos salariais dos parlamentares, venham sempre em primeiro lugar e as crises na educação, saúde, moradia, etc. nos afoguem o resto que ainda estamos respirando, uma ditadura silenciosa. Felicidade aí no seu passeio meu amigo Dr. Uffffa, cabei. até mais. Abraço com respeito e amizade da amiga Lou.
Lou, você aborda algo fundamental para nossa caminhada democrártica: as liberdadese a não-violência não podem estar condicionadas a nossa aprovação ou desaprovação de um tema. Posso discurdar de uma greve; porém, reprimi-la com uma violência física é instituir o fascismo...
Uma ditadura silenciosa... Expressão feliz. Precisamos dizer que supotamose queremos os direitos democráticose que as discordâncias são subjetivantes e libertárias se lutamos no campo das ideias.
Abraços com carinho e porfunda admiração pelo seu trabalho no blog... Carinhosamente, Joege
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