Murcha o cravo, que maldade!
murcha atá o amor-perfeito...
mas nunca murcha a saudade...
que é a sempre-viva do peito.
***
Guarda o desprezo do açoite,
e aos velhos o amor vem dar;
- a velhice , escura noite,
espera sempre um luar.
***
Seguiremos pela estrada
que só de rosa se enflora.
Já chegou a hora esperada:
depressa! vamos embora.
***
Tarde - suave, silente,
se desfaz na claridade...
e o sol doura no poente
as sombras sobre a cidade.
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