quinta-feira, 5 de maio de 2011

SOCIEDADE DE AMIGOS: RE-MANSO POÉTICO

                         muro
                          carlos roberto lacerda

Iinterdi(c)ção
ao fruto
: furto súmula do dia.
Musgoescarpas o corpo.
Farta e saibro
Pecado
: o que mais (? )
quero


                       DESERTO
                           JORGE ALBERTO NABUT

estou bugre
descoonfiado
afiado?

o chapadão choca
     desova
ovos pardos
patas ovíparas
 patrocinam a posse
de mim mesmo
pactuado

pacas mamíferas disparam
e depenam pios afiado
de pass'ao sophrê:
-só-só-sósophrê-só-só
só-só-só-sophrê-só-só



                           na fazenda
                                  santino gomes de matos

A vida aqui é a de um cenário bíblico:
a tenda, o gado manso e o céu feriado,
sem ruídos dee aço ou chaminés de fumo
- um céu lírico,
das asas em folga, sem a dor de um rumo,
e eu a vê-las assim, extasiado,
em bandeiras de festa, alacremente,
num sentido feliz de hora vazia,
de hora em que a vida passa e não se sente!


do livro: a poesia em uberaba: do modernismo à vanguarda / guido bilharinho

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