Dizia Fuimarães Rosa: "viver é perigoso"...
No caminho da vida, temos paradoxos e desafios que necessitam ser problematizados, para que não venhamos a ser amortizados pelas idiosssincracias que compõem a vida humana.
Senão, vejamos...
Para além do bem e do mal, a vida segue seu curso enos pede atitude... Por exemplo, diante do descalabro da corrupção e da burocracia, comumente, ouvimos alguém dizer - não me interesso por política; todavia, toda ação e ou não ação é política, reflete no bem comum. Podemos agir ativamente ou msem perceber subscrever violências com o nosso soilêncio / omissão.
A construção de um novo modo de ser nos coloca no espaço das encruzilhadas... Terra indefinida. Lugar de criação...
Entre tantos pontos contraditórios, vejamos alguns...
Não se consegue paz , serenidade e crescimento sem resignação... Resignação é a compreensão da humanidade que nos habita a todos... Contudo, se a resignação não é ativa, na sua passividade passa a anular, calar, coibir a indignação necessária ante as injustiças que move a luta e a vida para um novo patamar ético... Necessitamos nos indignar diante do mal. Não podemos ser passivos e subservientes as anões que lesam o próximo e a vida. Não é a incoerência que dá saída... É um aprofundamento da nossa visão e vínculo com o mundo... Resigno-me perante os limites da nossa atual humanidade; não me escudo no ideário da culpa e do ressentimento; porém, ante o mal e as perversões vividas pelos oprimidos me indigno, me rebelo, me movimento, agindo na exigência ética da ternura e do amor, da justiça e da paz.
Se nossa humanidade é um ser inacabado, um projeto; devo ser paciente e tolerante... Mas, a paciência não pode ser uma força paralisante dos movimentos de mudança, nem a tolerância ser conivente com a instauração de uma estado de exclusão e bullyng.
A tolerância é a minha aceitação da diversidade, da fragilidade humana , da vulnerabilidade ...
A paciência é a suavidade serena com lido com os limites, dissabores e frustrações...
A conivência com a perversidade e com a exclusão é cumplicidade criminosa; e a paciência diante dos que ferem, sangram, matam, aviltam é covardia conivente, associação silenciosa com os crimes que se cometem contra a vida.
Não é possível ser ético sem rebeldia...
Rebelar-se é clamar por justiça e solidariedade, amor e ternura, liberdade e conviviabilidade...
O bom sujeito, é, assim, um insurgente... paciente, tolerante, compreensivo; mas, nem por isso, menos audaz na sua exigência de que a vida e o outro sejam respeitados, com dignidade e amor.
Paradoxos?... Desafios?...
Vocação pela vida e compromisso inalienável com a ética do bem comum...
Os pássaros voam livres no céu, constroem seus ninhos... nem por isso podem tiranizar a natureza na sua necessidade de tecer nuvens e chuvas para fertilizar o chão...
As estrelas brilham no infinito nem por isso podem apagar o brilho que existe em cada vida.
2 comentários:
Jorge, e vamos caminhando e cantando e seguindo a canção...sonhando com um devir vencedor...libertário...sem dor!
Beijos...com carinho brilhante estelar...Mila.
Mila: numa caminhada , seguimos... e nos anima o belo que é o ecoar dos nossos sonhos; abs ternos , jorge
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