Jorge Bichuetti
Eras o alazão indomável
que galopavas no agreste,
trovejando esperanças de
ventos novos e chuva..
Eras a promessa da felicidade...
Depois, baixaste teu olhar
e passaste a carregar o peso da desilusão.
O tempo chegou e as cismas da morte,
te fez um prisioneiro,
que ciscando o chão,
não via os encantos do horizonte...E, hoje, miro teus olhos opacos;
escuto meu coração na saudade;
pensando no que eras,
pensando nostálgico e
desejando-te, novamente, na relva,
cavalgando na busca doutrtras eras...Choro, então, meu amor, agora, um fantasma...
Um fantasma que alucina o passado
onde teu corpo guerreiro, ousava
e profetizava na luta o futuro; mas,
tudo passou... e és tão somente
no marasmo dos teus pés cansados
as cinzas do amor no sepulcro da saudade...Restou nossa história que cavalga lenta
nas rusgas da minha infelicidade e conta
o que éramos na aurora refletida
nas minhas incontidas e incontáveis lágrimas...ANTES DO SOL
Jorge Bichuetti
O sol, logo, irá se por...
E no entardever, sinto-te partida;
um silensioso adeus,
um piedoso nunca mais...
Não sofras... se queres ir,
não te prendas ao passado; somente te peço:
- antes do sol partir, deixes no meu corpo
a vida tatuada na alegria do último beijo.CANTAREI
Jorge Bichuetti
Cantarei... dia e noite,
o verso amado na paixão
as palavras sibiladas pelo
carinho que parecia imortal...
Cantarei... Cantarei...
Depois, como a cigarra,
calarei o amor; olvidarei o vivido
e inundado de lágrimas, dormirei
nos braços do silêncio.
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