segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

RITA LEE E A LUTA PELA VIDA; LIBERDADE E CIDADANIA

                                          Jorge Bichuetti


Rita Lee no sábado dá uma lição de cidadania aos que assistem a política fascista que vem se impondo na relação das forças  repressivas com a juventude.
As forças repressivas com armamento e hostilidade revistava os jovens, buscando encontrar drogas ílicitas num concerto ao ar livre no Estado de Sergipe.
Ela se posicionou... Colocou seu corpo, sua históriaa e sua voz expressiva da ética da liberade entre a violência e a juventude.
Pediu que não incomodasse a meninada... e disse que os conhecia... que era os mesmos do terror da ditadura militar...
Foi detida por desacato e por estímulo ao crime...
Não se pode calar...
A violência vem se repetindo e se cristalizando como medida preventiva na política de enfrentamento da problemática da drogadição...
O efeito das  palavras do Supremo Tribunal de Justiça durou pouco....
A repressão não é medida que compõe um projeto ético e de acolhimento que se faz necessário na clínica  dos que na dependência química vivenciam dores e agonia que exigem cuidado e reabilitação pssicosocial.
Judicializar ou reprimir violentamente, violando os direitos humanos, é reedição do fascismo... ou melhor, é uma política microfascista que dissemina a noção de exclusão, marginalização e limpeza urbana... normatização neonazista... exclusão violenta - desumana e desumanizante...

Grande e valorosa é a sempre altiva e ousada Rita Lee...
Não é crime ser corajosa diante da violência opressiva e excludente; não é crime ser aliada dos que sofrem atitudes opressivas... A violência é ruptura com a política de direitos humanos...
A liberdade de Expressão exercido pela nossa diva retratou a história dos que colcam seu corpo e sua vida entre os oprimidos e a violência policial...
Que saibamos valorizar a ética da liberdade e dos direitos humanos...
Que saibamos repelir toda forma de repressão abusiva e excludente...
Que saibamos entender que a visão policealesca na saúde é um atravessamento que cria barreiras e obstáculos  ao processo de invenção de práticas amorosas e solidárias de cuidado.
Já dizia Guimarães Rosa: " Qualquer amor já é um cadinho de saúde, um descanso na loucura"
Repressão, violência, exclusão são expressões de desamor, negação e rejeição...
A vida voa nas asas da liberdade; e agoniza nas grutas e paredões do confinamento, da violência e da exclusão...
Ave, Rita Lee... Voz da magia da ternura corajosa; liberdade em movimento... num canto de carinho e amor...



2 comentários:

Anônimo disse...

Olá, belas palavras. Rita Lee, no último show dela, encarando a polícia de novo. Como se não bastasse. Não fosse o jeitinho brasileiro, o delegado não aliviava para ela. Ainda bem que é Rita Lee.
Problemas das Polícias no Brasil:
Polícia Civil:
1 - Despreparada, apesar da exigência do nível superior nos concursos;
2 - engessada pelo sistema, não podem atuar contra crimes de colarinho branco, corrupção, crimes contra a "obrigação de fazer" das instituições públicas. Não conseguem desvendar crimes, falta de formação em perícia criminal.
3 - Total falta de estrutura física para desempenhar a função;
4 - Conivência com a Polícia Militar. A maior parte dos crimes são solucionados com confissão de culpa feita pelo principal suspeito. Normal se acontecesse em alguns casos, mas em, digamos, 90% dos casos? Tortura física e psicológica para o acusado confessar. Ausência de um advogado nos interrogatórios. Advogados coniventes com a Polìcia, eles também recebem pressão psicológica. Falta de competência substituída pela força.
Polícia Militar:
1 - Despreparados, concursados em nível médio;
2 - Péssima história, mal vista pela população;
3 - Diversas denúncias de violência policial e atentado aos direitos humanos e à Leis sem qualquer investigação ou punição. Ameaças contra quem levante a voz. Entre em contato com a Anistia Internacional e veja o que eles pensam da situação do cidadão brasileiro.
4 - Péssimas condições de trabalho. Turnos de 24 horas. Policiais são obrigados a comprar todo o equipamento e fardamento que utilizam. Ao final, ganham menos que dois salários mínimos.
5 - Estão contrangidos em sociedade. Não dizem que são policiais militares, escondem o fato. Não vão para casa uniformizados. Medo. Entre a cruz e a caldeirinha.
6 - Não conhecem as Leis, muitas vezes trocam o despreparo pela violência. Principal acusação contra um cidadão inocente que tenta arguir com um policial: desacato à autoridade.
7 - Constrangidos pelo sistema. O governo tem liberado milhôes para a segurança pública, mas não para a prevenção de crimes, instrução do policial, cursos de aperfeiçoamento. O sistema não permite a atuação da polícia militar em certos crimes, como colarinho branco e corrupção. Um exemplo: os cidadãos brasileiros são bem empreendedores. Se o sistema trabalhasse em favor da sociedade, você veria advogados distribuindo cartões de visita nas filas do SUS e nas cadeias e presídios do Brasil. Crime: Estado tem obrigação de fazer.
Conclusão: Polícia, ruim com eles. Pior sem eles.

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Amigo, precisamos discutir com seriedade e criativa mirada a questão da segurança... A repressão precisa ser sepultada pela história e nascer florescente u'a polícia cidadã... Ouvi lá, de amigos confiáveis que Sergipe vive com bastante segurança e pouca repressão... Veremos os novos acontecimentos. abraços com carinho, jorge