Jorge Bichuetti
Esta lágrima caída,
entre rugas escondidas,
machuca e acaricia:
fere desenhando
com o espinho da saudade;
mas, acalenta
quando canta
no silêncio da mi'a soledade
a vida germinada outrora
nas curvas do tempo,
este mágico tempo,
que passando, fica;
pois, nas entrelinhas do adeus
há sempre u'a flor guardada
nas páginas rotas da memória...
SILÊNCIO
Jorge Bichuetti
Há palavras travessas
que fogem das poesias,
são estrelas cadentes
nos ardores do silêncio...
Há palavras... há palavras...
ecos do infinito, flores no pântano:
o escuro vazio é um mito,
u'a cruel ilusão,
pois, a poesia dá vida,
tece caminhos e sonhos,
um oásis musicado
que povoa o deserto
dos corações solitários...
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