Paulo Cecílio
eram tao belas
suas mangas
duras/ agora maduras
eu não sabia querida
como ardia seu ventre
nem da angústia de suas vísceras.
na soleira da porta
você parada
mãos no vestido:
fui desatento
com a delicadeza de suas rosas
você moveu seus lábios e fiz calar .
já volto
e não prestei atenção nas folhas amarelas
nas nuvens que o vento trazia...
ESTADO DE SITIO
Paulo Cecílio
sob
cerco
sem destino
vive assim
meu
menino
a história que carrego
é mentira
que invento:
locomotivas de angústia
se
movendo sob o vento!
2 comentários:
Jorge, que imagem!!!
Paulo, poesias maravilhosas... aí, deixei os surrealistas ilustrarem com suas mãos entre o pensável e o sonhável... abs ternos, jorge
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