Vivemos tempos difíceis. A vida segue sua trajetória. Lançada no tempo pelas ações do homem, hoje se revela um espelho, onde vemos escrito as linhas traçadas pela nossa atitude de desrespeito à natureza e ao outro.
Enchentes, fome, violência... Solidão, terremotos, miséria. Injustiça, doenças, poluição.
Eis o mundo e a vida que criamos...
Acumulamos tesouros de ouro e prata, empobrecendo o nosso dia-a-dia, pois nem mesmo nós suportamos a miséria da nossa alma e o vazio do nosso coração.
Excluímos a criança e o velho, as minorias e a mulher e, agora, sobrevivemos sucateados pela pobreza da lógica fálica do mundo machista e mercantil, de força bruta e seriedade, de cinzas e concreto armado, um mundo sem sonhos e sem ternura, o nosso mundo,um mundo de angústia e morte.
Robôticos, limitamo-nos à repetição, abolindo a criatividade e o novo.
Normôticos, engaiolamo-nos num modo de existir frenético e estressante.
Não vemos o nascer do sol, nem miramos o crepúsculo...
Os pássaros, se cantam, não os escutamos...
Não mergulhamos nus na volúpia terna das cachoeiras...
Nem adormecemos nas campinas, deixando o orvalho umedecer nosso corpo e nosso coração.
Assim, quando o tempo passa e a velhice chega com seus anúncios do fim; queremos um tempo maior de vida. Quanto? Talvez, desejamos o tempo perdido, o tempo não-vivido, o tempo que escoou pelos nossas mãos ocupadas com o vil metal.
Vivamos. Hoje...
Vivamos, na intensidade do corpo que experimenta o novo e desbrava a legria na suavidade da vida que brinca, sonha e ama...
Um dia, iremos partir. Nosso corpo se confundirá com os vermes das entranhas da Terra; e a vida voará para as planícies do infinito. Já não poderemos, já não seremos nos caminhos que hoje nos chamam e nos possibilitam a alegria de sonhar, brincar e amar.
Vivamos, na intensidade e simplicidade de quem busca a vida pela vida.
Vivamos, onde cantam os passarinhos e onde os luares encantados nos induzem a mesclar poesia e festa, ócio e labuta, riso e brilho, paixão e magia.
Vivamos, não esperando que a morte chegue para nos ensinar a vida que poderia ter sido e que se perdeu no cipoal dos nossos desenganos.
Vivamos, simplesmente vivamos.
3 comentários:
Jorge, caminhemos juntos para o amanhã libertário. Abraço
“Há momentos em que se
sente liberado de seus
próprios limites e
imperfeições humanas.
Nesses instantes a gente se
sente num pequeno canto
de um pequeno planeta
com o olhar fixo e
maravilhado na beleza fria
mas contudo profunda e
emocionante do que é
eterno e incompreensível
A vida e a morte se fundem
e não há nem evolução ou
destino, apenas o SER “
Albert Einstein
Sorria mais....leve a vida simplesmente....martinália
multiplica;
Há quem sambe diferente, noutras terras, outra gente, num batuque de mata.Novos baianos.
guilherme elias
Amigos, não existe palavras que definam a alegria da partilha, quanto sentimos que somos um rizoma florescente e alegre.Paz e alegria
jorge
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