Jorge Bichuetti
O sol , suave e meigo, voltou... Uma manhã de luzes e cores. A Mata dos Ipês, verde com cheiro de terra, recebe os beijos dos raios solares, ainda úmida pelo amor intenso das chuvas.
As catástrofes nascem num entre: no entre o homem imprevidente e destruidor e a natureza, mãe gentil- fera indomável...
Escrevo com meus pés mergulhados na ternura da lua que se aninha no meu corpo, como se desejasse semear um multidão de sorrisos pelas curvas da minha vida.
Um dia, a tirania roubou de nós, povo brasileiro, a esperança, a liberdade, o direito de sonhar... E expulsou do nosso chão, colo de mãe, aqueles que ousaram dizer não, que teimaram e exigiram justiça e liberdade...
Eles, distantte, sonhavam com o canto dos sabiás... Com nossas praias, palmeiras; com o samba no morro e o grito de gol na avenida e no abraço caloroso dos amigos.
Hoje, vivemos uma democracia...
Smos livres.
Porém, onde cantam os sabiás?
Os sabiás cantam... mas quase nuca os escutamos. Não que já não amamamos o seu canto.
É que grande e ensurdecedor é o ruído da injustiça, do arbítrio, e da malandragem dos poderosos.
Nossa pátria, mãe gentil, se vê , comumente, prostituida pelos cafetões da corrupçãp.
Quem manda e desmanda loteia o estado para que este silencie os sabiás e na surdina silenciosa da usurpação da vida ( que só é vida, se o é para todos), possa impor umaa ordem que mancha nosso sonho de dignidade, direitos humanos e inclusão social.
Um dia, acordaremos. Descobriremos comFoucault que poder é relação e diferença de potencial; só existindo, assim, o dominador via a subjugação espúria dos desposuídos.
Acordaremos e gritaremos: que cantam os sabiás!...
Queremos cultura e liberdade, ecologia e desenvolvimento sustentável, orçamento participativo e democracia direta, justiça social e diretos humanos, economia solidaridária e paz...
Não queremos a burocracia e o estado retalhado na camaradagem dos bandos, que rivalizam com grupos armados fora da lei, só que estes não sobem , nem vivem no morro, assaltam a nação no asfalto e do alto de seus arranha-céus, entre um uísque importado e uma e outra piada idiota.
Queremos os sabiás e os sabiás cantarão com o povo no poder...
Queremos a vida e lea brilhará... quando nossa ousadia por fim nesta noite sem estrelas, mantida pelos que expoliam nossa pátria e aniquila nosso povo, alheios aos nossos sonhos de justiça e liberdade.
" HAY QUE ENDURECERSE, SIN PERDER LA TERNURA JAMÁS" CHE
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
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