quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

DIARIO DE BORDO: NOSSA HISTÓRIA...

                                                                   Jorge Bichuetti.

Céu claro... Fim de tarde... Hora de alegria. Amigos, canções e a certeza de que, logo, a lua e as estrelas nos livrarão deste medo que persiste, medo da escuridão.
Um general, ministro de estado, declara: Os desaparecidos não é uma vergonha.É a história...
E a presidenta Dilma Roussef revelando-se avessa à esta tergiversação da história, agenda sua visita oficial às Madres da Praça de Maio da Argentina, numa opção clara pelos direitos humanos, pela dignidade e pela vida...
Talvez, não esteja de todo errado o infeliz ministro: Não é uma vergonha...
Eu não me envergonho, nem penso que minha pátria deva se envergonhar, dos arbítrios que foram cometidos por usurpadores que pela violência governaram nos escuros anos da ditadura militar brasileira....
Não é vergonha... É crime hediondo... Sadismo sanguinário... Violência arbitrária e cruel...
Foi demasiada crueldade...
Se fosse uma mera vergonha, travestiríamos nosso rosto no jeitinho de fugir das responsabildades, tão típico, da maladragem brasileira....
Glória, glória... direitos humanos não são simples notas de uma declaração, é ética e vida...
Por isso, clamamos: Tortura nunca mais... Aprovação imediata da comissão da Verdade e punição aos criminosos...
Oh! ilustres criminosos, não podemos perdoá-los!... Pois, é a história... e a história clama por justiça e pelo fim da impunidade.
                                                       ***
A noite segue... Mas aprendemos no caminho que ninguém consegue deter as luzes do alvorecer...
                                                       ***
Na vida nunca vivemos, somente, o que desejamos...
Desejo, agora, uma praia... Um mesa com amigos... A vida flirndo num caminho de paz...
Contudo, a consciência reclama seu espaço de algo dizer: Brasil,  mostra a sua cara!...
Não é intolêrancia... é indignação...
Não carência de perdão... é justiça e responsabilidade, pois cada ato é uma construção do porvir.
Queremos a lua , as estrelas e o sol...
Portanto, silêncio Senhore s Generais, a história não se manchará com o sangue e com a cruedade que só vocês podem carregar, porque foram vocês, ilustres assassinos, que tiveram a covardia de institurem o medo, a morte e a escuridão.
" Você vai pagar... e  é dobrado,
cada lágrrima chorada deste meu penar..."
Covardemente, vocês não acreditaram: um novo dia amanheceu...
Um dia pela vida... Pelos direitos Humanos... Pela Justiça e pela Liberdade...

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