Sobre o amor: O amor é uma expressão da vida pulsante, energiza e subverte... é força revolucionária. Quem ama se vê possuído pelas forças da ternura e a ternura nos torna sensíveis, solidários e generosos. O amor é um movimento de expansão da vida para além das fronteiras do ego; assim, se o permitimos capturado pelo egoísmo, narcisismo e possessividade, ela fenece... pois, se torna anti-amor. Energia da vida sugada pelo buraco negro do narcisismo - umbigo inflado, vida esvaziada.
Por tudo isso, temos dito: a lágrima anónima é o força que nos mobiliza para sair de nós mesmo; então, fora do abismo do nosso ego voluntarioso, amamos com intensidade e voos cósmicos.
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Sobre a homofobia. Sem verborragia, a homofobia é um problema da justiça, porque é crime; da psiquiatria, porque expressa o homossexualismo latente, negado, e a violência mais destrutiva, segundo Freud, nasce do medo inerente a própria homossexualidade negada; e é um problema político-existencial, nasce, cresce e se mantém na ideia e a na ação de que é possível e cabível excluir... Vem do ideal de um mundo uniformizado, dominado e monocromático... A exclusão da diversidade empobrece o mundo e a vida...
É violência aos direitos humanos e ao direito à diferença...
A religião e os religiosos que pregam a homofobia reafirmam a ideia medieval de um deus de alguns e decreta a orfandade do universo que vida e vida plena de diversidade...
Psicodinamicamente falando quem gasta sua energia no cultivo da homofobia, acaba imponte e com ejaculação precoce... pois, quem não aceita o amor sem fronteiras aduba, em si própria, as forças da paranóia que nega nos vínculos e no encontro, o amor e o prazer... O feitiço mata o feiticeiro; a vida é nascente, florescência... a vida voa nas asas da liberdade.
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Sobre nossa matas, rios e riachos, e nossos povos indígenas: Código Florestal, Belo Monte e o Bosque dos Jacarandás em Uberaba é tema da vida e da morte... Ou cuidamos da nossa Mãe Gaia ou a veremos na vertiginosa fúria do caos final. precisamos opinar, ela, a natureza já anda cheia, impaciente, com a cólera dos que não aceitam as barreiras que a ganância ergue para evitar, negar, destruir a vida. O lucro, a acumulação capitalista, o enriquecimento de alguns não pode ser subsidiado pela morte de tantos e tanta vida... Vidas que florescem cantando os sonhos do porvir. Digamos já: basta... Ou curvemos e aceitemos que nos perdemos e somos tão só uma cruel des-umanidade...
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Sobre a juventude: Nossos jovens estão assumindo a vanguarda dos sonhos da vida. Lutam por liberdade e inclusão social. Quem acredita que a criminalização da maconha serve ao cuidado, não sabe que a dor de quem cuida não passa pelo acesso que o tráfico garante com presteza e exatidão... somente adultera, suja e violenta... e ai, se a dependência química é um problema, ela o potencializa criando novos problemas cujo sangue mancha nossa vida, nossa gente e nossos sonhos. Cuidar é reinventar a vida para que a alegria contagie; reprimir somente joga na marginalidade e na clandestinidade a dor que clama por mãos estendidas. O fuzil subjetiva jovens covardes, vulneráveis... a repressão joga no lixo a água suja e os germes fecundos do amanhã...
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Por isso e tudo, dizemos: a vida é um pouco mais...
Entre pedras, flores...
No caminho, sonhos...
E no alvorecer, um canto de vida no ar...
5 comentários:
Bom dia, Jorge!
Vim lhe desejar um bom fim de semana e deixar o meu abraço!
Deus seja contigo!
Abraços,
Wilson
WILSON... SUA LUZ IRRADIA PAZ, TERNURA NO CAMINHO; ABRAÇOS, JORGE
AMAR É PRECISO
ÁS VEZES COM
A PRECISÃO
DE UM ANJO
ÀS VEZES COM
A PRECISÃO
DA BORBOLETA
ÀS VEZES
É PRECISO QUE
O VENTO LEVE
ÀS VEZES
É PRECISO QUE
O VELHO VÁ
TODAS ÀS VEZES,
TANTAS VEZES
QUANTAS VEZES...
FOR PRECISO
PARA SEMPRE E NUNCA
DEIXAR DE AMAR
Bom dia querido!
Hoje o dia amanheceu cantando!
São tantos passarinhos, cada qual com sua formosura, que fica difícil identificar quem faz parte da sinfonia!
Você me pediu para lembrar-lhe do "prefácio".
Beijos no coração e sinta a energia desse domingo!
Sumaia
sumaia: dois em um... tua poesia me encanta e tua amizade me faz ser ... menos solidão, e mais multidão- vida de partilha,escreverei... Abraços. jorge
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