sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

FAÇA AMOR, NÃO FAÇA A GUERRA. PELA PAZ MUNDIAL

                                        VIOLÊNCIA E PAZ
                                                            Jorge Bichuetti

Já nos emocionamos com a capacidade de resistência do povo e, principalmente, da juventude de, nas ruas, griarem, exigirem, proclamarem o fim das guerras.
Também, ainda choramos, emocionados, ouvindo Rosas de Hiroshima...
Ontem, foi o dia Mundial de solidariedade e  de vivificação da memória da história sobre o holocausto e suas vítimas.
Por que aceitamos a guerra?
A quem interessa, de fato, a permanência da guerra, algo que já poderíamos haver superado, pois , crescemos, humanizamo-nos e aprendemos a valorizar a vida.
Hoje, existem , oficialmente, 14 áreas de conflitos armados reconhecidos pelos organismos internacionais...
Número subestimado. Muitos homens sofrem as crueldades das disputas bélicas.
Recusamos a paz que nos legou Cristo... Nos fizemos mudos diante dos clamores por não-violência de Gandhi...
Afeganistão, Iraque, Paquistão, Ìndia, Chchênia, Bósnia, Países Bascos, Colômbia, Palestina-Faixa de Gaza, os Curdos no mundo árabe, as lutas tribais da África, Irlanda,Sérvia, Croácia, Eslovênia, Bósnia, Montenegro, Albânia, Macedônia, Chechênia, China e o Tibet, Indonésia, as Coréias...
A guerra é uma negação da vida e do amor, dos direitos humanos e da liberdade...
Acumulam-se disputas  étnicas, religiosas, por terra, por dominação política e por posturas xenofóbicas.
No inconsciente, não psíquico, mas econômico das guerras a problemáticaa se turva pela complexidade que existem entre as guerras e a manutenção dos lucros das indústrias bélicas.
A paz não gera lucro para um capitalismo em crise, sempre ávido de monopolizar insumos e mercados.
A paz não gera vantagens para as potências e os cgovernantes que se sustentam no poder, estimulando a paranoia.
A paz não produz vida para os que somente fabricam sentido para suas vidas coletivas e individuais numa afirmação através do inimigo....
De fato, só os que crescem em dignidade e solidariedade, ternura e amor podem jogar no lixo a temático do outro como o perigo que justifica a vida como eu levo e a minha governança como a executo, tiranicamente.
Não podemos mais conviver com a violência, é hora de rebelar-se e armados de ética e indignação, dizer O Brasil é um exemplo de que existem guerras que se mantém dissimuladas...
um basta às guerras, e à própria violência...
O Rio em chamas...  Com um conflito violento e sanguinário entre as forças de segurança, comando vermelho, terceiro comondo, terceiro comondo puro, ABA e milícias ( esquadrões de extorção, corrupção e assassinatos).
As ruas e os atos de violência...
A homofobia, o racismo, a violência contra a mulher e as crianças...
Tudo isto compõe um cenário de uma guerra fraticida, cruel e desumanizante...
Digamos juntos: Não à violência... Não às guerras...
E neste sentido, transcrevemos aqui um texto de Monsenhor Juvenal Arduini, um filósofo da paz e herói da luta pelos direitos humanos:
Exigências da paz
Acredito na paz e na sua possibilidade como forma normal de existência humana. Mas não
acredito nas caricaturas de paz que nos são constantemente propostas, e até inculcadas. Há por aí
uma paz muito proclamada, mas que na realidade atrapalha a verdadeira paz.
A paz não é uma abstração. É uma forma de convivência humana. Expressa o modo
existencial como os homens trabalham, se relacionam e conduzem o destino da História.
Sendo assim, não adianta apregoar a sublime paz. Que não passe de fórmula sem
conteúdo. Pois o que importa são as situações concretas em que vive a humanidade. Sociedade
pacífica não é a sociedade que usa e consome slogans de paz, mas a que desenvolve
concretamente formas de existência social em que os homens vivam com dignidade, e possam
participar dos valores materiais e espirituais que respondam às necessidades básicas da vida
humana.
Se a humanidade quiser a paz efetiva, deve estar disposta a remover tudo aquilo que a
impede. E a buscar tudo aquilo que a possibilita. Antes de tudo, remover a falsa paz: A paz
concordista que aceita, com tolerância descabida, situações injustas.
A paz conformista que adia soluções, contorna problemas, silencia dramas sob a alegação
de que o mundo sempre foi assim, e de que é preciso esperar com paciência. A paz alienante que
distrai a consciência para que não se percebam os males que machucam o corpo e encolerizam a
28 alma da humanidade. A paz cúmplice que disfarça absurdos, desculpa atrocidades, justifica
opressões e torna razoáveis espoliações desumanas.
A paz não tem a missão de camuflar erros, mas de diagnosticá-los com lucidez. Não é um
subterfúgio para evitar a solução reclamada. Existe para resolver o problema. Pode haver paz
onde há fome crônica? Pode haver paz no lar em que a criança está morrendo por falta de
remédios? Pode haver paz onde há desemprego? Pode haver paz onde o ódio domina? Pode
haver paz onde a perseguição age bem acobertada? Nesses casos, o primeiro passo é suprimir a
fome, a doença, o desemprego, o ódio, a perseguição. E então a paz começa a chegar.
A paz é uma infatigável busca de valores para o bem de todos. É o esforço criador da
humanidade gerando recursos econômicos, culturais, sociais, morais, espirituais, que são
indispensáveis à subsistência, ao crescimento e ao relacionamento consciente e fraterno da
humanidade.
Juvenal Arduini. Estradeiro. Para onde vai o homem?
São Paulo: Edições Paulinas, 1987


 

PELA PAZ... PHILIPPE JAROUSSKY E MERCEDES SOSA

2 comentários:

Iara disse...

Jorge...
eu que gosto tanto das palavras, ainda não consigo reuni-las pra falar da minha estrela Hermano, meu filho amado, acolhido e longe de mim. Quando conseguir, e sinto que será em breve, eu e ele agradeceremos as suas, carregadas de tanto carinho.
Esse amor incondicional me refaz e Hermano, agora comigo pra sempre, me preenche.

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Iara, há momentos na vida em que a dor é tanta que não conseguimos tecer com palavras, o que a vida nos forja a pensar, sentir e expressar com lágrimas, preces e silêncios, povoados das nossas caras recordações.
Eu queria lhe abraçoar, pois , também, sinto que num abraço e numa oração lhe diria a você e ao jovem anjo Hermano, do meu carinho e da minha fé que a vida não permite adeuses, onde floresce os encantos do amor verdadeiro.
Eu creio na eternidade do amor e da vida, da paz e da solidariedade.
E creio que nossas dores passam; o céu volta a brilhar e mirando-o, descobrimos que nossos filhos amados são agora estrelas da imensidão nos fortalecendo na continuidade dos nossos caminhos,e somente pelos nossos caminhos os mantemos vivos na Terra... Deus os mantêm vivos no céu; nós, com nossoas lutas e fé, os eternizamos nos caminhos do mundo.
Meu carinho, meu abraço, e minha oração sincera e cheia de esperança no amor sem adeus...
Estou aqui, amiga: meu ombro é seu, é um ombro envelhecido, porém, amigo e cheio de confiança no amor de Deus e nas forças da vida que são sempre máquinas de sustentação dos que amam...
Com ternura e fé, Jorge