sexta-feira, 15 de julho de 2011

POESIA:... O DEVIR ANJO

                                              DEVIR ANJO
                                                       Jorge Bichuetti

um pássaro voa e canta,
suavidade entre nuvens;
longe, o temor do furacão...

num ninho um pio suga
o maternal amor; arredio
aos grunhiidos do gavião...

entre bois e galinhas, nu
no curral, um menino-rei
nasce entre a cantoria dos

anjos, magos e pardais...

a ternura versa no varal...


                                    SINGELO
                                           Jorge Bichuetti

ajoelhado na lama o pecador
escuta de Deus cantigas de ninar...

na luz da lamparina os versos
descem das estrelas e o poeta
ora... escritos do vento onde
folhas secas tecem a primavera...

entre répteis, os amantes se
dão na relva... sinos cósmicos
solfejam os sibilos do amor....

a simplicidade é gota da chuva
no lamaçal: espelho do céu
estrelado no ondear da imensidão...


                                         a lua
                                             Jorge Bichuetti

lua cheia... singela noite,
na viola, o amor dedilhado;
o mundo só escuta o ronco
das turbinas dos vendavais...

lua cheia... amor singelo,
de mãos dadas caminham
pelas nuvens os amantes,
anjos perdidos no  meio
da turba que só enxerga
os faróis dos robóticos
metalizados corvos do
caminho de pedras carnais...




4 comentários:

Concha Rousia disse...

A poesia nos nutre de beleza e vida, nos contrói belos, intensos, possiveis, aceitaveis... como nós realmente somos, adoro te ler, Abraços e crinhos para ti meu amigo, Concha.

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

concha: a poesia é a árvore da vida... onde os versos - runas existenciais - vão nos enternecendo e a suavidade guerreira é o caminho do luar... abraços com carinho; jorge

Mila Pires disse...

Jorge querido,
Poesia é a vida escrita!Caminhar...Sonhos...Luminosidade...Amor!
Beijos...com carinho...Mila.

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Mila: a vida é caminho onde a poesia chega e é asas, horizonte, floradas... e o leito do rio de águaas cristalinas que recolhem nossaas lágrimas. Abs ternos. Jorge