sexta-feira, 8 de julho de 2011

POESIA: POEIRA ESTELAR ; FLORES ASTRAIS

                                       AMOR NO AZUL
                                                      Jorge Bichuetti

terno e manso, és lírio
no pântano e o céu
te tem nas cordas do arco-íris...

meigo e suave, és ave:
peregrina das manhãs e o céu
te espera no azul da amplidão...

meu amor, só é carinho
no caminho entre o beijo
e a êstase... estrelas azuis no céu
cetinado da paixão...


                                           CONCEIÇÃO
                                                            Jorge Bichuetti

Gabiroba no mato, rodas na calçada -
a vida proseada no terno poente da
esperança nascente no olhar do menino...

Argila e diamantes, assombrações -
a vida tecida na amizade florida dos
velhos encantos do singelo existir...

Conceição, não lhe esqueci... Fé
de menino que cresceu sem perder
a liturgia da alegria que rezava nos seus carnavais...

Funil garimpense, seresteiros nas noites de luar -
uma flor na janela e o coração pulsando
nas correntezas do rio e no brilho encantado
dos nossos nunca ausentes ancestrais...

Saudade!... Nas pedras da rua do meio,
verdejava o infinito; e no céu, uma pipa
converva com Deus na nossa imaculada pureza
de quem sabe que nossa terra podia ser chamada
de meiga e terna generosidade: Conceição, Lagoas
do infinito amar... cirandas de ser um suave e leve brincar..


                                           O CÉU
                                                Jorge Bichuetti

O céu azul me chama, oro;
no chão, flores me namoram
e eu nunca sei onde mora
Deus - ele brtinca de bola
e gira no infinito amar... Ele
está nas estrelas da imensidão
e na lágrima oculta do meu coração...

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