quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

SOCIEDADE DE AMIGOS: VERSOS ENCANTADOS

SOBRESSALTO
            Fernanda de Lima Almada

Do abismo lânguido e pálido
entre o toque, o abraço e o além
à razão que persiste, insiste e controla
o descontrole do tempo e do espaço
das fagulhas coloridas de um só verso mudo
que descreve em vão a verdade absoluta
da consciência noética e o ardor desesperado...

Ah... o olhar amedrontado!

Passa a fração eterna de um minuto
na loucura da realidade paralela...
na memória clara do amanhã abastado
pelas gotas geladas da chuva de desejo revelado...
...e o vazio tempestuoso de um beijo não dado...














 EMPÓRIO stos  reis
                     PAULO cECÍLIO
no  balcão de sebo,
pão com salame
e carne de vaca,
em jornal derrotado.

do bêbado cirrótico
Deus fia a conta
em folha amarela,
e caderneta suada.


Nenhum comentário: