SOBRESSALTO
Fernanda de Lima Almada
Do abismo lânguido e pálido
entre o toque, o abraço e o além
à razão que persiste, insiste e controla
o descontrole do tempo e do espaço
das fagulhas coloridas de um só verso mudo
que descreve em vão a verdade absoluta
da consciência noética e o ardor desesperado...
Ah... o olhar amedrontado!
Passa a fração eterna de um minuto
na loucura da realidade paralela...
na memória clara do amanhã abastado
pelas gotas geladas da chuva de desejo revelado...
...e o vazio tempestuoso de um beijo não dado...
EMPÓRIO stos reis
PAULO cECÍLIO
no balcão de sebo,
pão com salame
e carne de vaca,
em jornal derrotado.
do bêbado cirrótico
Deus fia a conta
em folha amarela,
e caderneta suada.
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