SOLIDÃO
Jorge Bichuetti
Grito e só o eco da minha voz ressoa;
choro e minhas lágrimas secam o ar...
Abraço o vazio e dialogo com o vento,
pisando nas folhas secas da m'ia vida...
Entre flores e estrelas, voei e brilhei e,
agora, o silêncio sussurra no deserto...
O espelho reflete as cinzas do tempo e
eu... ajoelho, vejo Deus, mas nada digo:
a solidão roubou minhas poucas rezas
e me deixou no fim, vela queimando-se
entre a chama que lentamente se apaga
e a fumaça que sobe. Infinita espera ou
será o infinto que longe, perto, me espera?...
AQUELA ROSEIRA
Jorge Bichuetti
A rosa nasce, perfuma e brilha
entre pássaros e borboletas e a
mão que a acaricia, ternamente.
Depois, se vê só... No alto, o céu;
no chão, os vermes da adubação.
Bela, a vida segue; ela murchou.
SOB AS BÊNÇÃOS DO LUAR
Jorge Bichuetti
A lua espia generosa a noite solitária,
poetiza os suspiros doídos da cotovia
que canta nostálgica o amor passado
no tempo que não volta nem refaz no
caminho os sonhos encantados e só a
pobrezinha chora no carinho do luar...
sábado, 16 de julho de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário