Um cavaquin é um anjo que floreia os caminhos dos que das lágrimas tricotam ninhos e, assim, no en-canto de u'a melodia, os passarins podem voar... quando pousam entre as suas penas estrelas solfejam, num en-canto, um novo caminhar...
A música é a oração dos que encontram na sarjeta... relíquias das catedrais...
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Há muita gente no hospício que só ali chegou... por não haver nas esquinas a poesia do amor...
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entre o poeta e o louco, a diferença é musical: o poeta delira, cantando... o louco chora sozinho, pois lhe roubaram a musa, trancafiando-a num porão... escuro e silencioso... Mas, a musa não desiste. Um dia, irá levá-lo e livre, passarinheiro poderá, então, dizer... a vida é um madrigal...
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Ouvi palavras confusas... pensei que era a loucura. Depois, descobri, por acaso, que eram versos estimados; era poemas escritos no dedilhar da existência... Muitos escutam; mas nada entendem... aplaudem, é triunfal...
Ah!... se os loucos tivessem produtor e editora... Talvez, o mundo fosse outro: as rosas, todas no palco... na plateia, os comensais...
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Toda arte é subversiva... Joga cinzas no passado; e tramam no presente... o que os poderosos jogam no lixo e no além... temendo o amanhã, com as luzes de um novo tempo...
6 comentários:
Achei curioso uma notícia que li no jornal da manhã desta semana, uma comissão avalia opções de internação involuntária para dependentes químicos em "hospício" de uberaba, como se isso fosse a solução do problema. É como se eles tivessem a necessidade de fazer alguma coisa, mesmo que fosse a pior decisão que poderiam tomar. No Brasil a cultura da violência, da "lei e da ordem" subestima o direito à liberdade e a cidadania. Criam-se ações paliativos para tentar resolver o problema da incompetência geral. Gostaria de saber sua opinião: se uma pessoa é dependente química mas não faz nada contrário à lei, porque ele deve ser raptado de sua liberdade? Se um dependente químico faz algo que é contra a lei, deve ele passar por um processo legal e ser obrigado a tratamento, aí sim, compulsório. Caso contrário nenhum direito tem o público contra o privado. O problema é que a falta de celeridade da polícia e da justiça termina por fazer ineficaz qualquer solução nesta direção. Obrigado! Abraços!
Caro Jorge, deixo meu pensar para sua reflexão. A felicidade não existe. Mas, se existe ela é uma contradição pois, ela seria a capacidade que uma pessoa tem de suportar com paz e serenidade os seus conflitos e sofrimentos pessoais. Contudo, se uma pessoa já alcançou um momento da eternidade em que os conflitos cessaram e os padecimentos do corpo não mais incomodam, então esta pessoa é feliz. Mas como dizer que não temos conflitos se somos organicamente ligados a um mundo doente, caótico contraditório, diria esquizofrênico (literalmente, se formos tomar ao pé da letra a definição de esquizofrenia)? É como viver em um lar onde temos um parente esquizofrênico e que não toma remédios. Teremos um conflito, queiramos ou não. Abraços!
Amigo, a internação compulsória são destas leis que pegam a vida e os guerreiros de surpresa... A clínica da dapendência química é alegre e rebelde, instituinte e libertária... é caminho de vida e não, punição. abraços ternos...
Amigo: talzes, a felicidade surja quando, não é vista como carma, mas dharma- caminhos da libertação... Na luta, há a felicidade da germinação da aurora...morte do ego e transformação radical do socius - uma nova suavidade... Abs ternos, jorge
Correto, a verdadeira clínica de emancipação da alma não aceita o tolhimento de qualquer natureza, por ser contrária à sua própria essência. Assim mesmo, digo que solicitei dispensa do tiro de guerra sendo, portanto, um amigo da paz: a lei brasileira nesta minha idade já me dá alergia só de pensar. A lei criada pelo Dep. Paulo Delgado foi um avanço. Contudo, ainda permite a existência de instituições asilares que funcionam na forma de comunidade terapêutica. Não vejo como conciliar estes dois aspectos.
Amigo, precisamos lutar por um sociedade livre e solidária, sem confinamentos... abs ternos
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