Jorge Bichuetti
Amo e carrego meu amor
nas asas dos sonhos
e, sonhando, fabrico
flores de pedra
luares na relva
um terço de vida
um canto de fé...
O rio e suas correntezas
levaram minhas lágrimas,
deixaram o riso...
E agora a esperança viceja
num canteiro
de flores de papel
de luares de neón
de terços despedaçados
de cantos embriagados...
Com as lágrimas foi o poeta,
com o riso ficou a criança...
Assim, vive o meu amor...
Saudoso do pranto
que era sua palavra indignada,
ante a crueldade do adeus.
ESTA LUA
Jorge Bichuetti
Esta lua terna e meiga me encanta
e me deixa alucinado, como se fosse
uma deusa, um canto de serenidade...
Esta lua me fascina com suas histórias
e lendas. Ela me leva ao delírio
num amor de eternidade...
Esta lua... Tão dengosa, criança com jeito de fada;
me segue pelo caminho,
é meu porto e minha cidade...
2 comentários:
Caro Jorge, essa sua lembrou-me desta minha, sem título:
sob meus pés,
um rio que tudo leva:
tronco, pedra,
voto de Minerva,
coroa de defunto
um ou outro assunto.
leva não, leva sim,
leva puta e arlequim.
leva também aquela menina
com olhos de morte,
cabelos no ar:
- Pra onde vai?
- Vou pro Norte,
em busca da sorte,
a caminho do mar.
E eu, que de lá já vim,
me dissolvo nas águas
a procura de mim.
Mardônio Parente
Mardônio, saudades! Saudades de você e da sua poessia. Abraços jorge
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