Na escuridão, o coração pulsa e brilha... na musicalidade da ternura, canta... nos encantamentos da esperança, sonha... Assim, a aurora o encontra: rosa perfumada, abrindo-se nas carícias do orvalho; germinando-se na quentura do sol; e tecendo no caminho os sussurros que anotou na poesia do luar...
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Viver é parir caminhos e horizontes; entre o rio e o mar... entre o ninho e voo... entre o cisco da poeira da estrada e os luminares riscos que desenham na imensidão a poesia do porvir.
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O sonho é a semente das grandes lutas dos guerreiros do devir; tanto quanto as lutas são as floradas dos sonhos que povoam os desertos com a ternura a vida fecundada nos cios da solidariedade e da compaixão...
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Não lhe posso dissecar a alma de Deus; mas, posso lhe oferecer a sua presença na magia do perfume das flores; na suavidade do voo dos passarinhos e na boniteza do caminho que segue partilhando-o no aconchego de u'a sincera amizade.
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A poesia é ato de bruxaria: as palavras copulam com infinito e parem estrelas e flores, ninhos e cais... Minam águas cristalinas e embalam lágrimas doídas... Ela é magia, feitiço... ciranda e seresta... Festa e oratório na epiderme do devir...
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A aurora adormece os medos e desperta os sonhos... na corda do trapézio da vida de coragem e ousadia...
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A rosa é um eco mágico das trincheiras da paixão.
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Viver é lutar... Caminhar e sonhar... é travessia; ponte e fonte: vida andarilha - passos dados nas pulsações viscerais do que pode um corpo... um corpo que não suprime o seu dom de amar e se dar...
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Lutar é parir o novo... voando entre o abismo e o céu estrelado.
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As poesias de amor são sempre menores que o brilho do amor que é, em si mesmo, a poesia da vida escrita no etéreo espaço da imensidão.
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