VIDA MINGÜANTE
Jorge Bichuetti
Esta vida árida
e insípida não é
a vida na sua pelenitude mágica;
quero-a na
loucura das flores miúdas
que rompem o cerco
e nascem, loucas
entre ervas daninhas,
mas ousadas no afã
de ser, brilhar e viver...
a cantiga do sol
e o aconchego da Lua...
Lua no céu,
sem adjetivos ou pleonasmos,
somente Lua,
rainha da paixão,
força das marés e carinho
nos becos escuros
onde velejam o desejo e o mar
numa irreverente união...
LUA CHEIA
Jorge Bichuetti
Na Lua Cheia, faíscas descem
do céu e inundam a pele; é o cio da vida,
a paixão reinando entre a luz e a escuridão...
Já amei no delírio lunar;
corpos ardentes... loucos, febris...
na sede de fusão ou explosão... um instante
de amor... na alucinação de mareada de prazer...
Hoje, quero amor que caiba todas as luas...
que ande de mãos dadas no pôr-do-sol e compote,
com suavidade a instabilidade dos temporais...
Eu desejo... um amor que troque olhares cúmplices
no sol ardente e cheio de claridade do meio-dia...
domingo, 5 de fevereiro de 2012
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário