quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

NOTAS MENORES SOBRE REVOLUÇÃO MOLECULAR E DEVIR

                           Jorge Bichuetti

Não é possível pensar os processos de uma revolução molecular, longe de um desafio lido por Foucault: a construção de uma vida não-fascista... 
O que liga a revolução molecular aos dispositivos de subjetivação: coletivos heterodoxos, transversais, espaços de germinação da subjetição libertária... um modo ativo e afirmativo de existir e cuidar de si...
Nela, prevalece as teses de que a transformação criativa e inovadora se dá na encruzilhada da morte do ego e da produção desejante de linhas de fuga...
As revoluções molares são permeadas de centralidade, hierarquia dura, estriamentos excludentes... narcisismo e onipotência... Enquanto as moleculares agenciam e são agenciadas, atiçam e são atiçadas por devires... Pululam no céu da solidariedade, da ternura e da suavidade... dionísicas; são alegres e marcadas pela potências dos bons encontros... Superam o funcionamento falocêntrico, submisso, tirânico e servil... Emergem de e geram grupos-sujeitos...
Particularmente, nelas vejo a presença das forças instituintes e da invenção de planos de vida que funcionam como uma contra-instituição ( Bauleo)...
Rizomatizam a vida e os caminhos... Transversalizam as relações... Dão viço e vigor à diferença...
Minoritárias... não numericamente... não são minimalistas nem ilhas isoladas da vida e do mundo... Minoritárias na compreensão sociológica de Tarde... Forças negadas, suprimidas ou mortificadas pelo poder hegemônico que estriam a vida, marginalizando-as...
Devido a subjetividade capitalista, exarcebado no neoliberalismo, negam o individualismo, o paradigma da culpa e do ressentimento, a competição e a ganância, a mais-valia, a alienação, a dominação opressiva e vida se movimentando pela falta e pela castração...
São afirmativas... inventivas... singularizantes e rizomáticas... Nômades, uma máquina de guerra não-bélica...
Desejantes, são construtivistas...
Realteridade que se atualiza num processo incensante de reinvenções do novo radical...
Caosmóticas: é o devir nas floradas primaveris dos eus não-paridos que escapulindo ou derrotando os estriamentos opressivos, liberam a vida como movimento metamorfoseante...
Alegria e partilha... instalam no coração da ética da amizade o alvorecer da liberdade que voa com os passarinhos e medra entre as pedras na ousadia dos caminhos que instalam o que pode um corpo na ousadia do amor incondicional e na alteridade da compaixão sem fronteiras...


DIA 11 DE FEVEREIRO; 13:30 - ENCONTRO MENSAL DA UNIVERSIDADE POPULAR JUVENAL ARDUINI... 
A EDUCAÇÃO NOS CAMINHOS DA LIBERTAÇÃO...

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