A morte é um grande enigma... Inominável, transação solitária... Levanta uma questão valiosa e urgente, para crentes e descrentes: a intensidade e a densidade ética-estética da vida vivida...
Assim, hoje, leremos Caeiro ( Fernando Pessoa)... que diz:
" Quando a erva crescer sobre a minha sepultura,
Seja esse um sinal para me esquecerem de todo.
A natureza nunca se recorda, e por isso é bela.
E se tiverrem a necessidade doentia de "interpretar" a erva verde, sobre a minha sepultura,
Digam que eu continuo a verdecer e a ser natural"
Há uma eternidade na vida que marca com seus sonhos os caminhos percorridos...
Há uma eternidade na flor que semeamos, na vida frutificada...
Se há outras eternidades, elas vicejam entre ervas e flores, cantos e encantos da vida vivida...
A vida é um caminho entre caminhos, cachoeiras e cascatas entre riachos e o mar...
Cada minuto... é muito mais do que o tempo fracionado... é sempre uma bela e grandiosa oportunidade de realizar-se na vida atualizando uma ternura enluarada e um luta guerreira que grávida de coragem e ousadia busque abrir no cotidiano da vida novas clareiras... a solidariedade que é a alvorada de um mundo que está aqui... um porvir que brilham como utopias ativas, vidas que nômades esperam ninhos, mãos que as escutem na suas ânsias de serem paridas...
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