A lágrima só corrói e aniquila, se cai solitária sem a ternura-cúmplice de alguém que recolha no silêncio do cuidado...
O desespero nasce, não da lágrima que é, na vida e na morte, uma autêntica expressão humana; a lágrima enlouquece quando o mundo a nega, coisifica-a e a torna invisível... tornando lágrima oculta na escuridão das masmorras onde é suprimida com as chibatas da negação...
A vida é riso e lágrima... Voo e queda... experimentação... é florada primaveril, tanto quando é a vida, não vista, porém, presente no encanto das folhas secas que bailam e rodopiam no movimento do vento.
Ninguém é... somos metamorfoseantes... Assim, o corpo caído se sustentado no carinho, será amanhã mão ativa no erguimento dos voos necessários ao trabalho de superação dos abismos...
Nem a lágrima nem riso consegue , por si mesmo, criar no corpo da vida a magia da felicidade... que na verdade é nascente no solo da compreensão que humaniza a vida, libertando asas ocultas que esperam a oportunidade de emergirem no tempo... como voo da liberdade...
Cuidar é amar; semear felicidade... nos pântanos onde um lírio clama e canta poético, desnudando a realidade de que para a vida ali há potência e fertilidade...
A felicidade pede ombro, mãos dadas... companheirismo, amizade...
A felicidade é a alegria que se instaura na gente quando desrobotizado nos vemos e vemos os outros na ternura insurgente de um devir humanidade...
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