domingo, 18 de março de 2012

SOCIEDADE DE AMIGOS: NO VAZIO, A POESIA PULSA ENTRE A NOSTALGIA E A AURORA; POESIAS DE PAULO CECÍLIO

                A CADEIRA VAZIA
                                   Paulo Cecílio

pousa num sábado.
sem aviso, chega muda, 
lembrando as curvas da vida,  
o calor dos que,  dos que virão. 

ah! como fala uma cadeira vazia:
talvez pense na mata de onde foi arrancada,  
quando o vento passa pelas frestas de sua madeira, 
como arrancadas de mim foram cadeiras que ainda pulsam...  
                            RENÚNCIAS (releitura)
                                                    Paulo Cecílio

A PRIMEIRA RENÚNCIA1/4
Veio a primeira chuva e me molhei:
senti frio, ouvi trovões.
Veio o sol, e me queimei.
Perfumes vieram sem nome.
A fome foi um engano.
Do tato, feriu-me o espinho.
O nome das cores era mudo.
Carinhos, ganhei do vento.
Não houve acalento,
que me apresentasse o mundo...

A SEGUNDA RENÚCIA 2/4

NUMA NOITE,
AINDA SORRINDO,
ELA PARTIU NUM VÔO CURTO.


A TERCEIRA RENÚNCIA 3/4

TODO DIA ELA PARTE UM POUCO...


A QUARTA RENUNCIA. 4/4
...


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