AMPULHETA
Paulo Cecílio
há uma cadeira vazia
na soleira da cozinha.
são iguais
as velhas soleiras
com seu cheiro de café e rosas.
iguais são
no cheiro dos filhos,
no perfume dos canteiros.
sabíamos,
das fotos amarelas,
das amarras do destino.
do gesto partido, suspenso.
mas ainda assim,
cego meus olhos às partidas,
às cicatrizes dos descuidos
da inocência da juventude,
ou do perfume das renúncias .
teimo atrasar o tempo
mas,
com sua barba grisalha,
sob os gemidos da carne,
a ampulheta cavalga
na serpente das horas,
com suas presas tremendas...
há uma cadeira vazia
na soleira da cozinha.
são iguais
as velhas soleiras
com seu cheiro de café e rosas.
iguais são
no cheiro dos filhos,
no perfume dos canteiros.
sabíamos,
das fotos amarelas,
das amarras do destino.
do gesto partido, suspenso.
mas ainda assim,
cego meus olhos às partidas,
às cicatrizes dos descuidos
da inocência da juventude,
ou do perfume das renúncias .
teimo atrasar o tempo
mas,
com sua barba grisalha,
sob os gemidos da carne,
a ampulheta cavalga
na serpente das horas,
com suas presas tremendas...
A SANTA CEIA
Paulo Cecílio
no seio da santa ceia,
jorra látex, jorra néctar.
comunhão líquida jorra,
dos seios da santa ceia...
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